“O Senhor quer transformar você em um jovem adorador”



Rio de Janeiro (RV) - Todas as segundas sextas-feiras do mês, a Igreja no Rio tem um encontro marcado de intercessão pela JMJ Rio2013: “a Vigília dos Jovens Adoradores”. A próxima será dia 11 de janeiro.

A última Vigília dos Jovens Adoradores do ano, que aconteceu dia 15 de dezembro, na Igreja de Sant’Ana, no Centro, teve um clima especial. Além de preparar os jovens para o Natal, o tema “Viemos adorá-Lo”(Mt 2,2) quis relembrar a primeira Jornada do Papa Bento XVI, em 2005, na Alemanha.

A organização ficou a cargo da Comunidade Shalom, que contou a história do Beato João Paulo II, patrono dessa 14ª edição. A missa foi presidida pelo Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Nelson Francelino Ferreira, e a procissão de entrada teve a presença de 22 jovens representando comunidades católicas.

Na homilia, Dom Nelson Francelino falou da necessidade de nos prepararmos para acolhermos da melhor forma os peregrinos que virão. “Os jovens cariocas estão perdidos nas drogas e sem rumo, e os jovens católicos devem dar testemunhos e resgatar essa juventude”.

Em entrevista após a celebração eucarística, Dom Nelson se mostrou confiante quanto à preparação da Jornada. “O tempo urge, e já estamos entrando no ano tão esperado. Mas eu quero crer que tudo que podia ser feito já fizemos. Agora é rezar e confiar na graça, principalmente nessa época em que precisamos ser sinal de esperança, ressaltou o bispo.

(PC-Rio2013.com)

Bento XVI: devemos confiar em Deus, renovando a fé na sua presença e ação na história



Cidade do Vaticano (RV) - Bento XVI encontrou-se na manhã desta quarta-feira, na Sala Paulo VI, no Vaticano, com fiéis e peregrinos oriundos de váras partes do mundo para a primeira audiência geral deste 2013.

O Santo Padre dedicou a catequese ao mistério que celebramos neste tempo de Natal: o Filho de Deus, que por obra do Espírito Santo, se encarnou no seio da Virgem Maria.

Discorrendo sobre o mistério da encarnação do Verbo, o Papa evidenciou a centralidade de Maria, que "pertence de modo irrenunciável à nossa fé no Deus que age, que entra na história".

O Pontífice iniciou sua catequese afirmando que o Natal do Senhor ilumina mais uma vez com a sua luz as trevas que muitas vezes rodeiam o nosso mundo e o nosso coração, trazendo esperança e alegria.

Partindo da pergunta que emerge novamente sobre a origem de Jesus, a mesma que faz o Procurador Pôncio Pilatos durante o processo: "De onde vens?", o Santo Padre afirmou tratar-se de uma origem bem clara:

"Nos quatro Evangelhos emerge com clareza a resposta à pergunta "de onde" vem Jesus: a sua verdadeira origem é o Pai; Ele provém totalmente d'Ele, mas num modo diferente de qualquer profeta ou enviado por Deus que o precedeu."

Citando o Credo, o Papa – prosseguindo sua reflexão sobre a origem de Jesus – recordou a passagem "que foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria", para mais à frente afirmar que sem ela a entrada de Deus na história da humanidade não teria alcançado o seu fim e não teria tido lugar aquilo que é central em nossa Profissão de fé: Deus é um Deus conosco.

Assim, frisou o Pontífice, "Maria pertence de modo irrenunciável à nossa fé no Deus que age, que entra na história. Ela coloca à disposição toda a sua pessoa, <<aceita>> tornar-se lugar da habitação de Deus".

"Por vezes, também no caminho e na vida de fé podemos perceber a nossa pobreza, a nossa inadequação diante do testemunho que devemos oferecer ao mundo. Mas Deus escolheu justamente uma humilde mulher, num vilarejo desconhecido, numa das províncias mais distantes do grande império romano."

Em seguida, o Santo Padre fez uma exortação:

"Mesmo em meio às dificuldades mais árduas a serem enfrentadas, devemos sempre ter confiança em Deus, renovando a fé na sua presença e ação em nossa história, como na de Maria. Nada é impossível a Deus! Com Ele a nossa existência caminha sempre num terreno seguro e está aberta a um futuro de firme esperança."

"Somente se nos abrirmos à ação de Deus, como Maria, somente se confiarmos a nossa vida ao Senhor como a um amigo de quem confiamos totalmente, tudo muda, a nossa vida adquire um novo sentido e um novo rosto: o rosto de filhos de um Pai que nos ama e jamais nos abandona", observou o Pontífice.

Bento XVI concluiu sua catequese afirmando que "mesmo se por vezes nos sentimos frágeis, pobres, incapazes diante das dificuldades e do mal do mundo, o poder de Deus age sempre e opera maravilhas justamente na fraqueza. A sua graça é a nossa força" (cfr 2 Cor 12,9-10).

Após a sua catequese – proferida em italiano –, o Santo Padre fez um resumo da mesma em várias línguas, saudando os diversos grupos de fiéis e peregrinos presentes. Eis o que disse em português:

RealAudioMP3 "Queridos irmãos e irmãs,

Este tempo de Natal dá resposta a um mistério grande e impressionante que se esconde no Menino de Belém: Como pode um ser assim frágil e pequenino ter trazido ao mundo uma novidade tão radical, que mudou o rumo da história? – Pode, porque é o Filho de Deus feito homem: «Nascido do Pai antes de todos os séculos, (…) encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria». N’Ela acontece uma nova criação: com a encarnação de Jesus, o Espírito divino cria um novo início da humanidade. Acreditamos que nada é impossível a Deus! A fé dá vida a uma novidade tão forte, que produz um segundo nascimento. De fato, no início do nosso ser de cristãos, está o Baptismo que nos faz renascer como filhos de Deus. Mas, só abrindo-nos à ação de Deus como Maria, só entregando a nossa vida ao Senhor como a um Amigo de quem nos podemos fiar, é que tudo muda, a nossa vida ganha uma nova grandeza: a de filhos do Pai do Céu, que nos ama e nunca nos abandona.

A minha saudação amiga para todos os peregrinos de língua portuguesa, desejando que a luz do Salvador divino resplandeça intensamente nos vossos corações, para serdes semeadores de esperança e construtores de paz nas vossas famílias e comunidades. Com estes votos de um Ano Novo sereno e feliz para todos, de coração vos abençoo."

O Santo Padre despediu-se dos presentes concedendo a todos a sua Bênção apostólica. (RL)

Bento XVI na Solenidade da Mãe de Deus: "O homem é feito para a paz, que é dom de Deus"



Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Bento XVI celebrou na manhã deste 1º dia de 2013, na Basílica de São Pedro, a Missa da Solenidade de Maria Santíssima, a Santa Mãe de Deus.

No início de sua homilia, o Santo Padre destacou como “é particularmente significativo que no início de cada novo ano Deus projeta sobre nós, seu povo, a luminosidade de seu santo Nome que é pronunciado três vezes na solene fórmula da bênção bíblica. E não menos significativo é que ao Verbo de Deus – que <<se fez carne e veio habituar no meio de nós>> como a <<luz verdadeira, que ilumina todo homem>> – seja dado oito dias após o seu natal – como nos narra o Evangelho de hoje – o nome de Jesus”. "É por este nome que estamos aqui reunidos.”

Após, Bento XVI saudou os presentes, começando pelos Embaixadores do Corpo diplomático acreditado junto à Santa Sé, seguido por seu Secretário de Estado, Cardeal Tarcisio Bertone. Ao Cardeal Turkson e a todos os componentes do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz agradeceu pelo empenho em difundir a Mensagem para o Dia Mundial da Paz, que este ano tem como tema “Bem-aventurados os construtores de paz".

Falando sobre a inspiração para a Mensagem do Dia Mundial da Paz deste ano, baseada no Evangelho de São Mateus ‘Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus’, explicou o Santo Padre: “infelizmente, apesar de o mundo ainda estar marcado por ‘focos de tensão e de conflitos causados pelas crescentes desigualdades entre ricos e pobres, pelo prevalecimento de uma mentalidade egoísta e individualista expressa inclusive por um capitalismo financeiro desregulado’, bem como por diferentes formas de terrorismo e de criminalidade, tenho a convicção de que ‘as multíplices obras de paz, das quais o mundo é rico, testemunham a inata vocação da humanidade à paz. Em toda pessoa o desejo de paz é aspiração essencial e coincide, de certo modo, com o desejo de uma vida plena, feliz e bem realizada. O homem é feito para a paz que é dom de Deus”.

E acrescenta: “a bem-aventurança diz que ‘a paz é dom messiânico e obra humana ao mesmo tempo. É paz com Deus, no viver segundo a sua vontade. É paz interior consigo mesmo, e paz exterior com o próximo e com toda a criação’. Sim, a paz é o bem por excelência a ser invocado como dom de Deus e, ao mesmo tempo, a ser construída com todo esforço”.

Ao meditar sobre o fundamento, a origem e a raiz desta paz, Bento XVI destaca a figura de Maria, que permaneceu inabalável diante de tantas dificuldades: “Como podemos sentir a paz em nós, apesar dos problemas, das obscuridades, das angústias? A resposta nos é dada pelas Leituras da liturgia de hoje. Os textos bíblicos, sobretudo o texto extraído do Evangelho de Lucas, pouco antes proclamado, nos propõem contemplar a paz interior de Maria, a Mãe de Jesus. Cumprem-se para ela, durante os dias em que <<deu à luz o seu filho primogênito>>, muitos eventos imprevistos: não somente o nascimento do Filho, mas antes a viagem cansativa de Nazaré a Belém, o não encontrar lugar no alojamento, a busca fortuita de um refúgio durante a noite; e depois o canto dos anjos e a visita inesperada dos pastores. Em tudo isso, porém, Maria não se perturba, não se agita, não fica transtornada com os fatos maiores do que ela; simplesmente pondera, em silêncio, o que acontece, guarda-o em sua memória e em seu coração, refletindo sobre eles com calma e serenidade”.

E ressalta o Santo Padre: “Essa é a paz interior que queremos ter em meio aos eventos por vezes tumultuados e confusos da história, eventos dos quais muitas vezes não entendemos o sentido e que nos desconcertam”.

O Santo Padre, explicando a identidade de Maria como Mãe de Deus, disse: “segundo a Lei de Moisés, após oito dias do nascimento, a criança deveria ser circuncidada, e naquele momento lhe era dado o nome. Deus mesmo, mediante a sua mensagem, havia dito a Maria – e também a José – que o nome a ser dado ao Menino era <<Jesus>>”. “Aquele nome que Deus já havia estabelecido antes mesmo que o Menino fosse concebido, agora lhe é dado oficialmente no momento da circuncisão. E isso marca uma vez para sempre também a identidade de Maria: ela é <<a mãe de Jesus>>, ou seja, a mãe do Salvador, do Cristo, do Senhor. Jesus não é um homem como qualquer outro, mas é o Verbo de Deus, uma das Pessoas divinas, o Filho de Deus: por isso a Igreja deu a Maria o título de Theotokos, isto é, <<Mãe de Deus>>”.

E recorda Bento XVI, referindo-se à primeira Leitura: “a paz é dom de Deus e está ligada ao esplendor do rosto de Deus, segundo o texto do Livro dos Números, que transmite a bênção usada pelos sacerdotes do povo de Israel nas assembléias litúrgicas”. “Da contemplação da face Deus nascem alegria, segurança e paz”.

Então Bento XVI explicou o significado concreto do contemplar a face do Senhor: “Significa conhecê-lo diretamente, por quanto é possível nesta vida, mediante Jesus Cristo, no que se revelou. Gozar do esplendor da face de Deus significa penetrar no mistério do seu Nome a nós manifestado por Jesus, compreender algo da sua vida íntima e da sua vontade, a fim de que possamos viver segundo o seu desígnio de amor sobre a humanidade”. “O Filho de Deus feito carne fez-nos conhecer o Pai, fez-nos perceber em sua face humana visível a face invisível do Pai; através do dom do Espírito Santo derramado em nossos corações, fez-nos conhecer que n'Ele também nós somos filhos de Deus”.

E o Santo Padre acrescentou que a contemplação do esplendor da face de Deus Pai em Jesus Cristo, que nos torna também filhos, nos dá “a mesma segurança que o menino tem nos braços de um pai bom e onipotente”, e é nesta contemplação que reside “o princípio daquela paz profunda - <<paz com Deus>> - que está indissoluvelmente ligada à fé e à graça”. “Nada pode tirar dos fiéis esta paz, nem mesmo as dificuldades e os sofrimentos da vida”.

Por fim, o Pontífice pediu a Virgem Maria, venerada hoje com o título de Mãe de Deus, que nos ajude a contemplar a face de Jesus, Príncipe da Paz. “Que nos auxilie e nos acompanhe neste novo ano; alcance para nós e para o mundo inteiro o dom da paz”. (RL - JE)

UM SANTO PARA CADA DIA





São Basílio Magno

Hoje, recordamos três nomes e três amigos em Cristo Jesus. Reconhecidos como luminários da Capadócia, região da Turquia, são eles: Gregório, seu irmão de sangue, São Basílio Magno e o amigo São Gregório Nazianzeno. Dois irmãos de sangue, três grandes amigos em Cristo Jesus.
São Basílio Magno nasceu no ano 4 d.C, em Cesaréia, dentro de uma família santa que buscava testemunhar, na própria vida e na formação dos filhos, o grande amor por Cristo e pela Igreja. Foi assim que, ajudado pelo pai, São Basílio Magno recebeu a primeira formação. Depois, passou por Constantinopla, chegando a estudar em Atenas e formar-se em retórica. A essa altura, mesmo tendo um coração bem semeado pelo Evangelho, ele começou a buscar glórias humanas. É importante percebermos isso na história dos santos. Eles não nasceram santos e não foram obrigados a ser santos; aceitaram este desafio, mesmo que houvesse, em algum período, um desvio. Mas a misericórdia do Senhor sempre nos dará uma nova change. Foi o que aconteceu com São Basílico.
Ao conhecer o amigo São Gregório Nazianzeno, São Basílio conheceu Cristo mais profundamente e retomou a amizade com Jesus. Ele, que já era muito culto, direcionou todo o seu potencial para Aquele que é a verdade, o Logus, o Verbo que se fez carne, Jesus Cristo, nosso Senhor e salvador. Retirou-se por um tempo dali e pôde viver uma vida de muita oração e penitência. Depois, foi inspirado a se aprofundar na vida eremítica e também na vida monástica. Visitou o Egito, Síria, Palestina e estudou ao ponto de, com seu amigo Nazianzeno, começar uma comunidade monástica.
Aconteceu que, diante da realidade na qual o Arianismo – heresia que afirmava que Jesus Cristo não é Deus – confundia muito as pessoas e ainda era apoida pelo imperador do Oriente chamado Valente. Enfim, que confusão doutrinal! Nesta altura, em Cesaréia, São Basílio, em 370 d.C. foi eleito bispo, sucessor de um dos apóstolos. Homem de caridade e de testemunho, ele pôde combater e ver a verdade vencendo o Arianismo. O imperador não colocava medo nesse homem cheio do Espírito Santo. São Basílio também tinha muitas obras, não era apenas um homem de palavras; cidades de caridade surgiram por meio dele.
Ainda padre, ele já era um testemunho reconhecido, uma autoridade não só pela Igreja, mas pela vida. São Basílio Magno deixou uma riqueza de escritos e, principalmente, a certeza de que amigo de Jesus, felizes nós seremos. Em 379 d.C., ele partiu para o céu e intercede por nós.
São Basílio Magno, rogai por nós!