Pensamento do dia
"Pregue o Evangelho a todo tempo. Se necessário, use palavras."
São Francisco de Assis.

Terça-feira da 5ª semana da Páscoa

Evangelho (Jn 14,27-31a):

«Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não é à maneira do mundo que eu a dou. Não se perturbe, nem se atemorize o vosso coração. Ouvistes o que eu vos disse: ‘Eu vou, mas voltarei a vós’. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu. Disse-vos isso agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, creiais. Já não falarei mais convosco, pois vem o chefe deste mundo. Ele não pode nada contra mim. Mas é preciso que o mundo saiba que eu amo o Pai e faço como o Pai mandou».

Comentário:
Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não é à maneira do mundo que eu a dou
Hoje, Jesus nos fala indiretamente da cruz: deixara-nos a paz, mas ao preço de sua dolorosa saída deste mundo. Hoje lemos suas palavras ditas antes do sacrifício da Cruz e que foram escritas depois de sua Ressurreição. Na Cruz, com sua morte venceu a morte e ao medo. Não nos dá a paz como a do mundo «Não é à maneira do mundo que eu a dou» (cf. Jo 14,27), senão que o faz passando pela dor e a humilhação: assim demonstrou seu amor misericordioso ao ser humano.

Na vida dos homens é inevitável o sofrimento, a partir do dia em que o pecado entrou no mundo. Umas vezes é dor física; outras, moral; em outras ocasiões se trata de uma dor espiritual..., e a todos nos chega a morte. Mas Deus, em seu infinito amor, nos deu o remédio para ter paz no meio da dor: Ele aceitou “ir-se” deste mundo com uma “saída” cheia de sofrimento e serenidade.

Por que ele fez assim? Porque, deste modo, a dor humana —unida à de Cristo— se converte em um sacrifício que salva do pecado. «Na Cruz de Cristo (...), o mesmo sofrimento humano ficou redimido» (João Paulo II). Jesus Cristo sofre com serenidade porque satisfaz ao Pai celestial com um ato de custosa obediência, mediante o qual se oferece voluntariamente por nossa salvação.

Um autor desconhecido do século II põe na boca de Cristo as seguintes palavras: «Veja as cuspidas no meu rosto, que recebi por ti, para restituir-te o primitivo alento de vida que inspirei em teu rosto. Olha as bofetadas de meu rosto, que suportei para reformar à imagem minha teu aspecto deteriorado. Olha as chicotadas de minhas costas, que recebi para tirar da tua o peso de teus pecados. Olha minhas mãos, fortemente seguras com pregos na árvore da cruz, por ti, que em outro tempo estendeste funestamente uma de tuas mãos à árvore proibida».

Bendita vergonha
Consoladora homilia na missa diária do papa Francisco

CIDADE DO VATICANO, 29 de Abril de 2013 (Zenit.org) - “Vergonha” foi a palavra-chave da homilia do papa Francisco na missa celebrada hoje na Domus Santa Marta. Palavra, a princípio, de conotação negativa, mas que, segundo o Papa, na visão cristã, se torna uma virtude.
O confessionário não é nem uma «lavanderia» que lava os pecados, nem um «momento de tortura» onde se infligem pauladas. A confissão é um encontro com Jesus e sentimos de perto sua ternura. Mas é preciso aproximar-se do sacramento sem truques ou meias-verdades, com mansidão e alegria, “confiantes e armados com essa “bendita vergonha”, “a virtude da humildade” que nos faz reconhecer como pecadores”.
O Pontífice iniciou sua homilia com uma reflexão sobre a primeira carta de São João (1, 5-2, 2), em que o apóstolo afirma: "Deus é luz, e Nele não há trevas". Mas, se dissermos “que estamos em comunhão com Ele” e “andarmos nas trevas, somos mentirosos e não praticamos a verdade”.
O papa Francisco destacou que “todos nós temos obscuridades na nossa vida”, momentos “em que há escuridão em tudo, inclusive na própria consciência, mas “caminhar nas trevas significa estar satisfeito de si mesmo; estar convencido de que não precisa de salvação”. Essas são as trevas!.
Olhem seus pecados, os nossos pecados: todos somos pecadores –e continuou - “se confessamos nosso pecados, Ele é fiel, é justo a ponto de nos perdoar.” 
Como recorda o Salmo 102: "Assim como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor se compadece daqueles que o temem”.Ele sabe de tudo.  “Não se preocupe, vá em paz, a paz que só Ele dá”.
Isto é o que "acontece no sacramento da reconciliação”. Muitas vezes – disse o Papa - pensamos que confessar é como ir a lavanderia. “No entanto, Jesus no confessionário não é um serviço de lavanderia”.
A confissão "é um encontro com Jesus, que nos espera como somos”. Muitas vezes, temos vergonha de dizer a verdade: eu fiz isso, eu pensei aquilo. Mas a vergonha é uma verdadeira virtude cristã, e até mesmo humana. “A capacidade de vergonhar-se é uma virtude do humilde”.
"Jesus espera por cada um de nós, reiterou o papa Francisco citando o Evangelho de Mateus (11, 25-30): Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Esta é a virtude que Jesus nos pede: humildade e mansidão”.
“Humildade e mansidão - continuou o Papa - são como a marca de uma vida cristã. “E Jesus nos espera para nos perdoar”.  Confessar não é como ir a uma “sessão de tortura”. “Não! Confessar-se é louvar a Deus, porque eu pecador fui salvo por Ele. E ele me espera para me repreender?  Não, com ternura para me perdoar. E se amanhã fizer a mesma? Confesse-se mais uma vez... Ele sempre nos espera”. 
Francisco concluiu: "Isso nos alenta, é belo, não é? E se sentirmos vergonha? Bendita vergonha porque isso é uma virtude. Que o Senhor nos dê esta graça, esta coragem de procurá-lo sempre com a verdade, porque a verdade é luz e não com as trevas das meias-verdades ou das mentiras diante de Deus”. 

Eis que se aproximam os dias
Menos de três meses faltam para a Jornada Mundial da Juventude!

RIO DE JANEIRO, 29 de Abril de 2013 (Zenit.org) - Menos de três meses faltam para a Jornada Mundial da Juventude! O Brasil será o país onde o Papa Francisco fará a primeira viagem internacional do seu pontificado. Estará com os jovens do mundo presidindo este belo evento criado pelo Beato Papa João Paulo II.
O primeiro Papa latino-americano estará vivendo conosco a beleza da celebração de mais uma JMJ. Momento único para nós do Brasil e, em especial, do Rio de Janeiro. Após 26 anos ela retorna à América Latina!
Quando em agosto de 2011, ao final da missa de envio na Jornada de Madri, foi anunciado o Rio de Janeiro como a próxima sede, parecia que estávamos muito longe. Depois, em setembro do mesmo ano, tivemos a chegada dos símbolos da JMJ: a cruz da juventude e o ícone de Nossa Senhora. Hoje eles já estão no Rio de Janeiro, e daqui só sairão para Roma que, no próximo Domingo de Ramos, entregará para a cidade que será a nova sede da JMJ.
A semana que finda foi trabalhosa para a direção do Comitê Organizador Local (COL) da JMJ. Esteve entre nós o responsável por organizar as visitas do Papa que, juntamente com as autoridades locais, municipais, estaduais e federais estudou os possíveis passos do Santo Padre aqui em nossa cidade. Contamos com a colaboração das forças de segurança, policiais, bombeiros, forças armadas, a secretaria dos grandes eventos, os serviços municipais, estaduais e federais e tantos outros. As consultas, as opiniões, as ideias ajudaram a compor a proposta geral, que está sendo levada para a opinião e possível aprovação do Papa Francisco.
No dia 7 de maio será divulgada oficialmente a agenda do Papa no Brasil, quando teremos a Nota Oficial da Santa Sé sobre os passos e a confirmação dos eventos principais de que o Santo Padre participará.
Nesses dias de convivência com tantas pessoas dos diversos escalões e de tantas situações diferentes, pude apreender o quanto todos estão motivados para este momento ímpar. É o nosso investimento para o presente e o futuro. Investir na juventude: eis o grande segredo! Apoiá-los nos sonhos de construção de um mundo mais justo e humano. A humanidade necessita desse oxigênio sempre novo que o mundo juvenil nos traz. Necessitamos ser desafiados e chamados a superar os desânimos que muitas vezes nos tornam pessoas amargas e azedas. O jovem nos coloca a caminho de desafios dos grandes ideais que todos sonham para o mundo e para a sociedade.
Teremos, sim, muitos legados sociais, ecológicos, espirituais, mas a esperança colocada nos olhos, na vida, no coração, na mente da juventude não tem preço: é a beleza de olhar para o futuro com esperança e confiança.
E certamente tudo isso é possível porque na base de todo esse trabalho está a preocupação com o bem de quem experimentou o amor de Deus em sua vida e não tem outra razão de viver a não serem Cristo Jesus. Sim, a vida de fé em Cristo é que nos faz mover e nos desgastar pelo bem da sociedade, inspirando-nos nos desafios juvenis.
Milhares de jovens de mais de 165 países já estão inscritos. Muitos ainda virão. Tenho certeza de que a experiência alegre da acolhida que os cariocas e fluminenses farão com seus irmãos de outras regiões, nos fará ter a experiência de que um mundo novo é possível por causa de Cristo Ressuscitado.
Esta semana, com seus desafios, mudanças, estudos, aprofundamentos, preocupações, cobranças e a busca comum de soluções, com os corações abertos à graça de Deus, já experimentamos que isso é possível. O pensar no bem para agir fazendo o bem foi o norte desses intensos dias. Temos certeza de que inspirarão novos tempos.
As dificuldades existem e também virão. Teremos os problemas dos que não acreditam na vida e não têm esperança no futuro. Sentiremos a problemática da divisão e da violência. Sabemos que as pedras do caminho só confirmarão o caminho bom empreendido, pois estaremos ainda mais próximos d’Aquele que o Pai enviou para salvar a humanidade: Jesus Cristo, nosso Senhor.
E é Ele que, no monumento no alto do Corcovado, de braços abertos acolhe a todos, também tem um coração que cabe todos nós que andamos em busca da luz e da vida. É esta a oportunidade de servir os irmãos e nos encontrarmos com Cristo.
Rezemos, acolhamos, vivamos, participemos, preparemo-nos: eis que se aproximam os dias!
Tenham todos uma santa JMJ Rio 2013!    Dom Orani Tempesta

A fé não esmorece diante das provações
Homilia de Dom Augusto César no Santuário de Fátima
FáTIMA, 29 de Abril de 2013 (Zenit.org) - Na manhã de ontem, 28 de abril, um total de 22 grupos de peregrinos vindos de nove países participou nas celebrações dominicais celebradas no Santuário de Fátima, presididas por D. Augusto César, bispo emérito de Porto alegre - Castelo Branco.
Depois de um desfile pelo centro do recinto em direção à escadaria que ladeia o altar, o Recinto de Oração revestiu-se de um colorido e de um ambiente especial, que foi de festa, de tradição, de história e de fé. Isto devido à numerosa presença de grupos de folclore e etnográficos de todo o Portugal a participarem em Fátima na peregrinação promovida, pelo 11º ano consecutivo, pela Federação de Folclore Português.
De forma também bastante expressiva encontravam-se outros três grupos em peregrinação nacional: os grupos portugueses do Movimento Esperança e Vida e da Obra de Santa Zita, e o grupo espanhol da Adoración  Nocturna.
A todos os peregrinos presentes no Santuário, D. Augusto César deixou uma exortação: “A fé não esmorece diante das provações, antes fica purificada, e Deus, como diz o livro do Apocalipse, enxugará as lágrimas dos que sofrem, quer dizer, Deus continua a proteger os pequeninos e aqueles que são os últimos da sociedade”.
D. Augusto César refletiu também sobre a importância da família e do apostolado feito em grupo, como meios para viver e propagar a fé: “daí o interesse das associações familiares e dos movimentos juvenis, pois, se por um lado há muito quem procure seduzir em nome da banalidade, por outro é preciso saber discernir o essencial e acreditar em quem mostra Jesus Cristo”.
“Pais, acompanhai os vossos filhos de perto e com carinho e dai-lhes a saborear a força do amor sacramental; filhos, levai para a escola e demais atividades o testemunho responsável dos vossos pais que são os primeiros educadores e também os mais empenhados no vosso futuro”, apelou D. Augusto César, “em nome da fé”.
Ainda na homilia da missa dominical, o bispo emérito de Porto alegre -Castelo Branco dirigiu-se diretamente aos grupos mais numerosos.
Aos grupos de folclore pediu “que ajudem o país a cantar as tradições, a cantar a alegria do nosso povo que agora anda muito esmorecido”.
Do Movimento Esperança e Vida evidenciou “que é preciso olhar para a família e este movimento traz uma petição a fazer a Nossa Senhora, que abençoe as famílias não só do nosso país, mas do mundo inteiro”.
Sobre a presença no Santuário da Obra de Santa Zita no Quinto Domingo da Páscoa, o bispo disse que esta Obra “deu o tom a esta peregrinação, na medida em que faz um apelo à fé mediante a prática das boas obras e de obras feitas à luz da fé”.
D. Augusto César mencionou também o movimento espanhol da Adoração Noturna: “passam muitas horas diante do Santíssimo Sacramento, diante de ‘Jesus Escondido’ como diziam o Pastosinhos, porque se sentem atraídos pelo convívio da ceia, pelo partir e repartir do pão e pelo gesto do lava-pés; e tudo isto como expressão do amor fraterno que torna presente o amor de Deus e o Deus do amor”.
Por Leopol Dina Simões

S. Pio V, papa

Miguel Guisleri foi uma figura de extrema importância para a vida da Igreja Católica. Nascido em Bosco Marengo na província da Alexandria, em 1504, aos quatorzes anos ingressou na vida religiosa entrando na ordem dominicana.
A partir daí a sua vida desenvolve-se, pois alcançaria rapidamente todos os degraus de uma excepcional carreira. Foi professor, prior do convento, superior provincial, bispo de Mondovi e finalmente Papa, aos 62 anos, com o nome de Pio V.
Promoveu diversas reformas na Igreja através do Concilio de Trento, como, por exemplo, a obrigação de residências para bispos, a clausura dos religiosos, o celibato e a santidade de vida dos sacerdotes, as visitas pastorais dos Bispos, o incremento das missões, a correção dos livros litúrgicos e a censura das publicações.
A sua autoridade e prestígio pessoal impunham a sua personalidade de pulso firme e de atitudes rigorosas, como a que tomou em relação à invasão dos turcos, pondo fim aos seus avanços a 7 de outubro de 1571, na famosa batalha de Lepanto.
Apesar do seu carácter marcante, apresentava sinais de um homem bondoso e condescendente para com os humildes, paterno, às vezes, e extremamente severo com aqueles que faziam parte do corpo da Igreja.
Mesmo sabendo das consequências que sofreria a Igreja, não pensou duas vezes ao excomungar a rainha Elizabete I. Morreu em 1 de maio de 1572, na lucidez de seus setenta e oito anos. A sua canonização chegaria em 1712 e a sua memória fixada a 30 de abril.

  
S. José Bento Cottolengo

Nasceu em Bra, na Itália, onde desde pequeno demonstrou-se inclinado à caridade. Com o passar do tempo e trabalho com sua vocação tornou-se um sacerdote dos desprotegidos na diocese de Turim.
Quando teve que atender uma senhora grávida, que, devido à falta de assistência social, morreu nos em seus braços, ficou muito chocado e retirou-se em oração.  Deus fez desabrochar no seu coração a necessidade da criação de uma casa de abrigo que, mesmo no meio das dificuldades, foi seguida por outras. Esse grande homem de Deus acolhia pobres, doentes mentais, físicos, ou seja, todo tipo de pessoas carentes de amor, assistência material, físico e espiritual.
Confiando somente nos cuidados do Pai do Céu, estas casas, desde a primeira até a uma verdadeira cidade da caridade que surgiu, chamaram-se Pequenas Casas da Divina Providência. Diante do Santíssimo Sacramento, José Cottolengo e outros cristãos, que se uniram a ele nesta experiência de Deus, buscavam forças para bem servir os necessitados, pois já dizia ele: "Se soubesses quem são os pobres, os servirias de joelhos!". Entrou no Céu com 56 anos.

Pensamento do dia.

"Em um mundo superior pode ser de outro modo, mas aqui embaixo, viver é mudar e ser perfeito é ter mudado muitas vezes".
Beato John Henry Newman, cardenal (Londres, 1801 - Birmingham, 1890)


Segunda-feira da 5ª semana da Páscoa

Evangelho (Jn 14,21-26): «Quem acolhe e observa os meus mandamentos, esse me ama”. “Ora, quem me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele». Judas, não o Iscariotes, perguntou-lhe: «Senhor, como se explica que tu te manifestarás a nós e não ao mundo?». Jesus respondeu-lhe: «Se alguém me ama, guardará a minha palavra; meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. Quem não me ama, não guarda as minhas palavras. E a palavra que ouvis não é minha, mas do Pai que me enviou. Eu vos tenho dito estas coisas enquanto estou convosco. Mas o Defensor, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito».

Comentário:
Mas o Defensor, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito
Hoje, Jesus mostra-nos o seu imenso desejo de que participemos da sua plenitude. Incorporados nele, estamos na fonte da vida divina que é a Santíssima Trindade. «Deus está contigo”. Na tua alma habita, em graça, a Beatíssima Trindade. —Por isso, tu, apesar das tuas misérias, podes e deves estar em continuo diálogo com o Senhor» (São Josemaria).

Jesus assegura que estará presente em nós pela graça divina que habita na alma. Assim, os cristãos já não somos órfãos. Já que nos ama tanto, apesar de não necessitar de nós, não quer prescindir de nós.

«Quem acolhe e observa os meus mandamentos, esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele» (Jo 14,21). Este pensamento ajuda-nos a ter presença de Deus. Então, não têm lugar outros desejos ou pensamentos que, pelo menos, às vezes, nos fazem perder o tempo e nos impedem de cumprir a vontade divina. Eis uma recomendação de São Gregório Magno: «Que não nos seduza o elogio da prosperidade, porque é um caminhante tonto aquele que vê, durante o seu caminho, prados deliciosos e se esquece para onde queria ir».

A presença de Deus no coração nos ajudará a descobrir e realizar neste mundo os planos que a Providencia nos tenha atribuído. O Espírito do Senhor suscitará no nosso coração iniciativas para situá-las no vértice de todas as atividades humanas e tornar presente, assim, Cristo no alto da terra. Se tivermos esta intimidade com Jesus chegaremos a ser bons filhos de Deus e nos sentiremos seus amigos em todos os lugares e momentos: na rua, no meio do trabalho quotidiano, na vida familiar.

Toda a luz e o fogo da vida divina se derramarão sobre cada um dos fiéis que estejam dispostos a receber o dom do interior. A Mãe de Deus intercederá —como nossa mãe que é — para que penetremos neste tratado com a Santíssima Trindade.
A novidade de Deus não é como as inovações do mundo
Homilia do Papa Francisco pronunciada na Santa Missa e Crisma neste V Domingo de Páscoa
CIDADE DO VATICANO, 28 de Abril de 2013 (Zenit.org) - Apresentamos a homilia do Papa Francisco pronunciada na Santa Missa e Crisma neste V Domingo de Páscoa, na Praça de São pedro. 
Amados irmãos e irmãs!
Queridos crismandos! Bem-vindos!
Gostaria de vos propor três pensamentos, simples e breves, para a vossa reflexão.
1.Na Segunda Leitura, ouvimos a estupenda visão de São João: um novo céu e uma nova terra e, em seguida, a Cidade Santa que desce de junto de Deus. Tudo é novo, transformado em bondade, em beleza, em verdade; não há mais lamento, nem luto... Tal é a acção do Espírito Santo: Ele traz-nos a novidade de Deus; vem a nós e faz novas todas as coisas, transforma-nos. O Espírito transforma-nos! E a visão de São João lembra-nos que todos nós estamos a caminho para a Jerusalém celeste, a novidade definitiva para nós e para toda a realidade, o dia feliz em que poderemos ver o rosto do Senhor – aquele rosto maravilhoso, tão belo do Senhor Jesus –, poderemos estar para sempre com Ele, no seu amor.
Olhai! A novidade de Deus não é como as inovações do mundo, que são todas provisórias, passam e procuram-se outras sem cessar. A novidade que Deus dá à nossa vida é definitiva; e não apenas no futuro quando estivermos com Ele, mas já hoje: Deus está a fazer novas todas as coisas, o Espírito Santo transforma-nos verdadeiramente e, através de nós, quer transformar também o mundo onde vivemos. Abramos a porta ao Espírito, façamo-nos guiar por Ele, deixemos que a ação contínua de Deus nos torne homens e mulheres novos, animados pelo amor de Deus, que o Espírito Santo nos dá. Como seria belo se cada um de vós pudesse, ao fim do dia, dizer: Hoje na escola, em casa, no trabalho, guiado por Deus, realizei um gesto de amor por um colega meu, pelos meus pais, por um idoso. Como seria belo!
2. O segundo pensamento: na Primeira Leitura, Paulo e Barnabé afirmam que «temos de sofrer muitas tribulações para entrarmos no Reino de Deus» (Act 14, 22). O caminho da Igreja e também o nosso caminho pessoal de cristãos não são sempre fáceis, encontramos dificuldades, tribulações. Seguir o Senhor, deixar que o seu Espírito transforme as nossas zonas sombrias, os nossos comportamentos em desacordo com Deus e lave os nossos pecados, é um caminho que encontra muitos obstáculos fora de nós, no mundo, e dentro de nós, no coração. Mas, as dificuldades, as tribulações fazem parte da estrada para chegar à glória de Deus, como sucedeu com Jesus que foi glorificado na Cruz; aquelas sempre as encontraremos na vida. Não desanimeis! Para vencer estas tribulações, temos a força do Espírito Santo.
3. E passo ao último ponto. É um convite que dirijo a todos, mas especialmente a vós, crismandos e crismandas: permanecei firmes no caminho da fé, com segura esperança no Senhor. Aqui está o segredo do nosso caminho. Ele dá-nos a coragem de ir contra a corrente. Sim, jovens; ouvistes bem: ir contra a corrente. Isto fortalece o coração, já que ir contra a corrente requer coragem e Ele dá-nos esta coragem. Não há dificuldades, tribulações, incompreensões que possam meter-nos medo, se permanecermos unidos a Deus como os ramos estão unidos à videira, se não perdermos a amizade com Ele, se lhe dermos cada vez mais espaço na nossa vida. Isto é verdade mesmo, e sobretudo, quando nos sentimos pobres, fracos, pecadores, porque Deus proporciona força à nossa fraqueza, riqueza à nossa pobreza, conversão e perdão ao nosso pecado. O Senhor é tão misericordioso! Se vamos ter com Ele, sempre nos perdoa. Tenhamos confiança na ação de Deus! Com Ele, podemos fazer coisas grandes; Ele nos fará sentir a alegria de sermos seus discípulos, suas testemunhas. Apostai sobre os grandes ideais, sobre as coisas grandes. Nós, cristãos, não fomos escolhidos pelo Senhor para coisinhas pequenas, ide sempre mais além, rumo às coisas grandes. Jovens, jogai a vida por grandes ideais!
Novidade de Deus, tribulação na vida, firmes no Senhor. Queridos amigos, abramos de par em par a porta da nossa vida à novidade de Deus que nos dá o Espírito Santo, para que nos transforme, nos torne fortes nas tribulações, reforce a nossa união com o Senhor, o nosso permanecer firmes n'Ele: aqui está a verdadeira alegria. Assim seja.

Acolher a novidade de Deus em nossas vidas
As palavras do papa Francisco durante o Regina Coeli
CIDADE DO VATICANO, 28 de Abril de 2013 (Zenit.org) - Depois de celebrar a missa do V Domingo de Páscoa e crismar 44 jovens,o Papa Francisco rezou o Regina Coeli. Apresentamos a seguir as palavras pronunciadas pelo pontífice antes da tradicional oração mariana.
Antes de concluir esta celebração, quero confiar a Nossa Senhora a crisma e todos vocês. A Virgem Maria nos ensina o que significa viver no Espírito Santo, o que significa acolher a novidade de Deus em nossas vidas. Ela concebeu Jesus pelo poder do Espírito,e cada cristão, cada um de nós é chamado a acolher a Palavra de Deus, a acolher Jesus em si e, em seguida, levá-lo a todos. Maria invocou o Espírito com os Apóstolos no Cenáculo: também nós, cada vez que nos reunimos em oração, somos sustentados pela presença espiritual da Mãe de Jesus, para recebermos o dom do Espírito e termos a força para testemunhar Jesus ressuscitado. Digo isso especialmente para vocês que hoje receberam o Crisma: Maria vos ajude a estar atentos ao que o Senhor vos pede, e a sempre viver e caminhar de acordo com o Espírito Santo!
Gostaria de estender minhas calorosas saudações a todos os peregrinos que vieram de tantos países. Saúdo em particular os jovens que estão se preparando para o Crisma, o grande grupo guiado pelas Irmãs da Caridade, os fiéis de algumas paróquias polonesas e de Bisignano, bem como o Katholische Akademische Verbindung Capitolina.
Neste momento, um momento especial, gostaria de oferecer uma oração pelas vítimas do trágico colapso de uma fábrica em Bangladesh. Exprimo minha solidariedade e sinceras condolências às famílias que choram pelos seus entes queridos e elevo do fundo do meu coração um forte apelo para que seja sempre tutelada a dignidade e segurança do trabalhador.
Agora, à luz da Páscoa, fruto do Espírito,dirijamo-nos juntos à Mãe do Senhor.

"Em tempos de crise, é importante estar aberto aos outros"
No seu penúltimo tweet, Papa Francisco pede para manter viva a prática sacramental
ROMA, 26 de Abril de 2013 (Zenit.org) - No dia da festa de São Marcos Evangelista, celebrada ontem, 25 de abril, Papa Francisco publicou uma nova mensagem de Twitter:
“Neste momento de crise é importante não fechar-se em si mesmos, mas abrir-se, prestar atenção no outro”.
No dia anterior, outro tweet do Santo Padre trouxe as seguintes palavras:
"Mantemos viva a nossa fé com a oração, com os Sacramentos; estamos atentos para não esquecermos de Deus".
Santa Catarina de Sena.

Virgem, Doutora da Igreja, Padroeira da Europa,+1380.

Santa Catarina nasceu em Sena, no dia 25 de Março de 1347. Na Europa, a peste negra e as guerras semeavam o pânico e a morte. A Igreja sofria por suas divisões internas e pela existência de "antipapas" (chegaram a existir três papas, simultaneamente).
Desejando seguir o caminho da perfeição, aos 15 anos Catarina ingressou na Ordem Terceira de São Domingos. Viveu um amor apaixonado e apaixonante por Deus e pelo próximo. Lutou ardorosamente pela restauração da paz política e pela harmonia entre os seus concidadãos. Contribuiu para a solução da crise religiosa provocada pelos antipapas, fazendo com que Gregório XI voltasse a Roma. Embora analfabeta, ditava as suas cartas endereçadas aos papas, aos reis e líderes, como também ao povo humilde. Foi, enfim, uma mulher empenhada social e politicamente e exerceu grande influência religiosa na Igreja de seu tempo.
As suas atitudes não deixaram de causar perplexidade nos seus contemporâneos. Adiantou-se séculos aos padrões de sua época, quando a participação da mulher na Igreja era quase nula ou inexistente. Deixou-nos o "Diálogo sobre a Divina Providência", uma exposição clara das suas ideias teológicas e da sua mística, o que coloca Santa Catarina de Sena entre os Doutores da Igreja.

Morreu aos 33 anos de idade, no dia 29 de Abril de 1380. 


Pensamento do dia

"Você não pode se obrigar a sentir o que não sente, mas pode agir direito, apesar dos seus sentimentos." Pearl S. Buck, (Hillsboro, 1892 - Vermont, 1973)

Meditando o Evangelho de hoje
Sexta-feira da 4ª semana da Páscoa
Evangelho (Jn 14,1-6):

«Não se perturbe o vosso coração! Credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fosse assim, eu vos teria dito. Vou preparar um lugar para vós. E depois que eu tiver ido e preparado um lugar para vós, voltarei e vos levarei comigo, a fim de que, onde eu estiver, estejais vós também. E para onde eu vou, conheceis o caminho». Tomé disse: «Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?». Jesus respondeu: «Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim».
Comentário:
Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim
Hoje, nesta sexta-feira da IV semana da Páscoa, Jesus nos convida à calma. A serenidade e a alegria fluem como um rio de paz, desde o seu Coração ressuscitado até o nosso, agitado e inquieto, muitas vezes sacudido por um ativismo tão febril como estéril.

São os nossos tempos de agitação, nervosismo e estresse. Tempos nos quais o pai da mentira infectou as inteligências dos homens, fazendo-os chamar bem ao mal e mal ao bem, tomando luz por obscuridade e obscuridade por luz, semeando em suas almas a dúvida e o ceticismo que nelas queimam todo broto de esperança em um horizonte de plenitude que o mundo, com suas adulações, não sabe nem pode dar.

Os frutos de tão diabólica empresa ou atividade são evidentes: a falta de sentido e a perda de transcendência que se apoderaram de tantos homens e mulheres que não apenas se esqueceram, mas também se extraviaram do Caminho, porque o desprezaram antes. Guerras, violências de todo gênero, intransigência e egoísmo diante da vida (anticoncepção, aborto, eutanásia…), famílias destruídas, juventude “desnorteada”, e um grande etcétera, constituem a grande mentira sobre a qual se sustenta boa parte do triste andaime da sociedade de tão alardeado “progresso”.

No meio de tudo, Jesus, o Príncipe da Paz, repete aos homens de boa vontade, com sua mansidão infinita: «Não se perturbe o vosso coração! Credes em Deus, crede também em mim» (Jo 14, 1). À direita do Pai, ele acalenta, como um benévolo sonho de sua misericórdia, o momento de ter-nos junto a ele, «a fim de que, onde eu estiver, estejais vós também» (Jo 14, 3). Não podemos nos escusar como Tomé. Nós sabemos o caminho. Nós, por pura graça, conhecemos, sim, a senda que conduz ao Pai, em cuja casa há muitas moradas. No céu nos espera um lugar que ficará para sempre vazio se não o ocuparmos. Aproximemo-nos, pois, sem temor, com ilimitada confiança de Aquele que é o único Caminho, a irrenunciável Verdade e a Vida em plenitude.
VATICANO


VATICANO, 25 Abr. 13 (ACI/EWTN Noticias) .- O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, informou que durante este ano 2013 o único destino internacional do Papa Francisco será o Brasil, onde irá para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que será realizada no Rio do Janeiro de 23 a 28 de julho com o lema "Ide e fazei discípulos entre todas as nações! (cf. Mt 28, 19)".

Durante seu encontro com a imprensa internacional, o Pe. Lombardi não descartou que este ano se publique a primeira encíclica do Papa Francisco, recordando que Bento XVI já tinha preparado o material sobre o tema da fé.

Sobre a viagem ao Brasil, o porta-voz vaticano informou que Alberto Gasbarri, encarregado das viagens internacionais do Papa, viajou a Rio do Janeiro para definir os detalhes da visita papal.

"O programa seguirá a sensibilidade do Papa Francisco", assinalou o Pe. Lombardi, recordando que a presença do Santo Padre foi confirmada para a cerimônia de boas-vindas, o Via Crucis, a Vigília e a Missa de envio da JMJ, prevista para o domingo 28 de julho no Campus Fidei, em Guaratiba.

VATICANO, 25 Abr. 13 (ACI/EWTN Noticias) .- O porta-voz da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, informou que o Papa Francisco continuará morando na Casa Santa Marta, onde "está muito bem", e confirmou que o Bispo Emérito de Roma, Bento XVI se transladará de Castel Gandolfo ao Mosteiro Mater Ecclesiae (Vaticano), entre fins de abril e princípios de maio.
Em declarações à imprensa internacional, o Pe. Lombardi indicou que "no momento, (o Papa Francisco) não parece querer mudar de alojamento, embora não seja uma decisão definitiva".
Como se sabe, o Santo Padre mora na Casa Santa Marta desde que chegou procedente da Argentina para participar do Conclave como Arcebispo de Buenos Aires. Entretanto, logo depois de sua eleição, o Cardeal Jorge Bergoglio –agora Papa Francisco-, decidiu permanecer nesta casa onde celebra a Missa diariamente.


VATICANO, 25 Abr. 13 (ACI/EWTN Noticias) .- Ao presidir nesta manhã a Missa na Casa Santa Marta, o Papa Francisco assinalou que a missão da Igreja é anunciar o Evangelho a todo mundo sem temer às coisas grandes, mantendo sempre a humildade.
Assim indicou o Papa na Missa pela festa de São Marcos em que participaram alguns membros da Secretaria do Sínodo para os Bispos.
Comentando a passagem de hoje que narra a Ascensão de Jesus, o Santo Padre disse que o Senhor, antes de subir ao Céu, envia os apóstolos a anunciarem o evangelho "até os confins do mundo, não somente em Jerusalém ou na Galileia".
"O horizonte é grande e, como se pode ver, este é o caráter da missão da Igreja que vai adiante com esta pregação: a todos, em todo o mundo. Mas não avança sozinha: vai com Jesus... O Senhor trabalha com todos os que pregam o Evangelho".
O Papa ressaltou que "esta é a magnanimidade que os cristãos devem ter. Um cristão pusilânime não o entende: é próprio da vocação cristã, esta magnanimidade: sempre mais, sempre mais, sempre adiante".
O Santo Padre se referiu também à primeira Carta de São Pedro que define o estilo cristão da pregação: "A humildade, o serviço, a caridade, o amor fraterno... Mas, Senhor, temos que conquistar o mundo! Essa palavra ‘conquistar’ não está bem. Temos que pregar ao mundo. O cristão não pode ser como os soldados que quando ganham a batalha arrasam tudo".
"O cristão anuncia o Evangelho mais com seu testemunho que com suas palavras e com uma disposição dupla: um ânimo grande que não se assusta com as coisas grandes, de caminhar para horizontes imensos e a humildade de ter em conta as pequenas coisas".
Finalmente o Papa disse que "o triunfo da Igreja é a Ressurreição de Jesus. Mas tem a Cruz antes. Peçamos hoje ao Senhor que nos faça missionários na Igreja, apóstolos na Igreja, mas com este espírito: uma grande magnanimidade e também uma grande humildade. Assim seja".


VATICANO, 25 Abr. 13 (ACI/EWTN Noticias) .- O Pontifício Conselho para a Família no Vaticano emitiu nesta quinta-feira um comunicado onde declara que "não tem nenhum fundamento a notícia, difundida por alguns meios de comunicação de que está sendo preparado um documento sobre a comunhão dos divorciados que voltaram a casar".
Desta maneira a Santa Sé respondeu às especulações lançadas pelo jornal italiano La Repubblica de que o Papa Francisco tinha encarregado ao Presidente do Pontifício Conselho para a Família, Dom Vincenzo Paglia, abordar o tema da comunhão para os divorciados, "redigir um documento e encontrar uma solução. O caminho parece ser aquele da valoração caso por caso".
Entretanto, tal como expressou nesta quinta-feira a Santa Sé, esta notícia "não tem nenhum fundamento".

VATICANO, 25 Abr. 13 (ACI/EWTN Noticias) .- "O Papa Francisco conferirá o sacramento da Crisma a 44 jovens de todo o mundo que representarão simbolicamente a toda a Igreja nos cinco continentes", informou nesta quarta-feira a Santa Sé.
O anúncio foi feito durante a apresentação da Jornada dos Jovens Crismandos e Crismados a ser realizada em 27 e 28 abril; e a Jornada das Confrarias e da Piedade Popular entre os dias 3 e 5 de maio; ambos os eventos como parte do Ano da Fé convocado por Bento XVI.
Durante a apresentação, o Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella, explicou que o denominador comum de ambos os acontecimentos que acontecerão em Roma com o Santo Padre será "o de evidenciar a peregrinação ao túmulo de Pedro. Por isso no dia anterior se proporá aos participantes uma procissão simbólica desde o obelisco da Praça de São Pedro até o túmulo do apóstolo onde se rezará o Credo".
Indicou que para o primeiro evento já se inscreveram mais de 70.000 jovens acompanhados de seus catequistas e sacerdotes. Esta presença "evidencia o entusiasmo com o qual aderiram a esta iniciativa e a grande participação que devemos esperar", afirmou.
"São jovens – disse o bispo- que mostram o rosto da Igreja presente lá onde as pessoas vivem e sofrem, para dar a todos a esperança e a certeza do futuro. Mas não há somente jovens já que "não existe uma uniformidade sobre a idade dos que vão receber o sacramento e as idades oscilam entre os 11 e os 55 anos".
Sobre o segundo evento, informou que estão inscritos mais de 50.000 pessoas. "O momento cume será a Santa Missa celebrada pelo Papa no domingo às 10,00 na Praça de São Pedro", anunciou Dom Fisichella.
Afirmou que "vamos viver um momento de fé que encontra na simplicidade das expressões e da piedade popular sua matriz mais arraigada em nosso povo, que sem interrupção vive estes sinais como aviso da fé das gerações anteriores e como uma tradição que se deve testemunhar com coragem e entusiasmo".

São Pascásio

Pascásio Radbert foi personagem considerável no seu tempo. Os historiadores da Teologia continuam a mencionar a teoria que ele imaginou para "esclarecer" o mistério da presença de Jesus no Santíssimo Sacramento. Como diplomata, viajou muito entre 822 e 834, para solucionar questões da Igreja e tentar apaziguar os conflitos que punham em campo os sucessores de Carlos Magno.
Era um enjeitado exposto no pórtico de Nossa Senhora de Soissons no fim do século VIII. A abadessa Teodarda, prima direita de Carlos Magno, recolheu-o e educou-o da melhor maneira que pôde. Sempre ele se referiu à sua mãe adotiva com reconhecimento e veneração; apesar disso, deixou-a algum tempo para se lançar em aventuras.
Converteu-se aos 22 anos, e foi então Adelardo, irmão de Teodarda, abade de Corbie, que o recebeu entre os seus monges. Veio a ser um célebre professor, que deu celebridade às escolas de Corbie.
Em 844, os seus colegas de abadia elegeram-no como abade mas, sete anos mais tarde, fizeram uma espécie de revolução que o obrigou a refugiar-se noutra abadia. Não se afligiu. Nascera para ser escritor, e tinha várias obras em preparação: "Que felicidade, dizia, ser lançado nos braços da filosofia e da sabedoria, e poder de novo beber no meu outono o leite das Sagradas Escrituras, que alimentou a minha juventude!"
Mas afinal os monges de Corbie acabaram por o chamar; voltou a viver com eles como simples religioso, edificando-os com os exemplos e continuando a escrever. Aí morreu a 26 de abril de 865.
São Pascásio, rogai por nós!

Pensamento do dia.
"Ser humilde com os superiores é um dever, com os iguais é cortesia, com os inferiores é nobreza, com todos é a salvação".
Bruce Lee (1940 – 1973)

Meditando o Evangelho de hoje
25 de Abril: São Marcos, evangelista.

Evangelho (Mc 16,15-20):

 Naquele tempo, Jesus apareceu-se aos onze e disse-lhes: «Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda criatura! Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado. Eis os sinais que acompanharão aqueles que crerem: expulsarão demônios em meu nome; falarão novas línguas; se pegarem em serpentes e beberem veneno mortal, não lhes fará mal algum; e quando impuserem as mãos sobre os doentes, estes ficarão curados».

Depois de falar com os discípulos, o Senhor Jesus foi levado ao céu e sentou-se à direita de Deus. Então, os discípulos foram anunciar a Boa Nova por toda parte. O Senhor os ajudava e confirmava sua palavra pelos sinais que a acompanhavam».

Comentário:      
Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda criatura
Hoje haveria muito do que falar sobre por que não se ouve com firmeza e convicção a palavra do Evangelho? porque nós os cristãos, guardamos um silêncio suspeitoso sobre o que acreditamos, apesar da chamada à “nova evangelização”. Cada um fará sua própria análise e mostrará sua interpretação particular.

No entanto, na festa de São Marcos, ouvindo o Evangelho e olhando para o evangelizador, só podemos proclamar com segurança e agradecimento onde está a fonte e em que consiste a força de nossa palavra.

O evangelizador não fala porque assim o recomenda um estudo sociológico do momento, nem porque o manda a “prudência” política, nem porque “ele tem vontade de dizer o que pensa”. A ele lhe foi imposto uma presença e um mandato, desde fora, sem coacção, mas com a autoridade de quem é digno de toda credibilidade: «E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura». (cf. Mc 16,15). Quer dizer, que evangelizamos por obediência gozosa e confiadamente.

Nossa palavra, por outro lado, não se apresenta como uma mais no mercado das ideias ou das opiniões, mas que tem todo o peso das mensagens fortes e definitivas. De sua aceitação ou rejeição dependem a vida ou a morte; e sua verdade, sua capacidade de convicção, vem pela via testemunhal, isto é, aparece acreditada pelos signos de poder em favor dos necessitados. Razão pela qual, é propriamente, uma “proclamação”, uma declaração pública, feliz, entusiasmada, de um fato decisivo e salvador.

Por que, então nosso silêncio? Medo, timidez? Dizia São Justino que «aqueles ignorantes e incapazes de eloquência, persuadiram pela virtude a todo o gênero humano». O signo o milagre da virtude é nossa eloquência. Deixemos pelo menos que o Senhor no meio de nós e conosco realize sua obra: estava «Os discípulos partiram e pregaram por toda parte”. “O Senhor cooperava com eles e confirmava a sua palavra com os milagres que a acompanhavam.» (Mc 16,20).

"A Igreja não é uma ONG, mas uma história de amor"
Na missa de hoje na Casa Santa Marta, Papa Francisco recorda que o verdadeiro
caminho da Igreja é o amor e não a organização, a burocracia ou os grandes números
CIDADE DO VATICANO, 24 de Abril de 2013 - Nas missas matinais na Domus Sanctae Marthae Papa Francisco dá o melhor de si mesmo. Além das famosas "frases de efeito" e as características metáforas tão amadas e citadas por jornalistas, o Papa dá a cada dia, em pílulas, uma visão clara do que a Igreja, da qual ele é a cabeça, deveria ser e fazer.
A mensagem da homilia desta manhã foi mais clara do que nunca: "A Igreja não é uma ONG", mas é "uma história de amor." É estranho pensar que estas palavras, o Papa falou na frente de alguns funcionários do IOR. Tanto é assim que o próprio Papa disse-lhes: "Desculpe-me, hein! ... Tudo é necessário, os departamentos são necessários... eh, tudo bem! Mas são necessário até certo ponto: como ajuda para esta história de amor”. “Quando a organização toma o primeiro lugar – destacou – o amor vem pra baixo e a Igreja, pobrezinha, se torna uma ONG. E este não é o caminho".
Para explicar este conceito, o Santo Padre partiu das leituras do dia, que contavam as histórias da primeira comunidade cristã que vê sempre mais crescer o número dos seus discípulos. Um aspecto positivo, que se torna negativo – disse o Papa – no momento em que força a fazer “pactos” para ter ainda mais “sócios nesta empresa”.
O caminho que Jesus quis para a sua Igreja é, pelo contrário, sublinhou o Santo Padre: “o caminho das dificuldades, o caminho da cruz, o caminho da perseguição ... E isso nos faz pensar: mas o que é essa Igreja? Essa nossa Igreja, porque parece que não seja um empreendimento humano".
"Não são os discípulos que fazem a Igreja – acrescentou – são enviados, enviados por Jesus”, enviados ao mesmo tempo pelo Pai. E é “no coração do Pai” que começa esta ideia da Igreja: “Não sei se o Pai teve uma ideia – disse Bergoglio – o Pai teve amor e começou esta história de amor tão longa nos tempos e que ainda não terminou”.
"Nós, mulheres e homens de Igreja - continuou - estamos no meio de uma história de amor: cada um de nós é um elo desta cadeia de amor. E se nós não entendemos isso, não entendemos nada do que seja a Igreja".
É o caminho do amor, na verdade, o único caminho que a Igreja pode percorrer e onde pode fortificar-se. Ela “não cresce com a força humana”: este foi o erro de muitos cristãos ao longo dos séculos “erraram por razões históricas, erraram o caminho, fizeram exércitos, guerras religiosas”. E também nós hoje “aprendemos com os nossos erros como vai a história de amor”. Uma história que cresce “como a semente de mostarda, cresce como o fermento na farinha, sem ruído” como disse Jesus Cristo.
A Igreja, portanto, cresce "de baixo, lentamente” sublinhou o Santo Padre, e quando “quer vangloriar-se da sua quantidade e cria organizações, departamentos e se torna um pouco burocrática, a Igreja perde a sua principal substância e corre o perigo de transformar-se numa ONG. E a Igreja não é uma ONG...”
Então, o que é a Igreja no concreto? "É Mãe", afirmou o Papa Bergoglio:" Há tantas mães nesta missa. O que vocês sentiriam se lhes dissesse: ‘Mas, a senhora é uma organizadora da sua casa? 'Não, eu sou a mãe".
A Igreja, portanto, não é uma organização - disse - não cresce “com os militares”, mas com a força do Espírito Santo. E nós, acrescentou, “todos juntos, somos uma família na Igreja que é a nossa Mãe”. Papa Francisco, como em todos os dias no final da Missa, elevou uma oração à Maria, mãe de Deus e mãe nossa, para que “nos dê a graça da alegria, da alegria espiritual de caminhar nesta história de amor”.