"A Santíssima Virgem 
conduza a todos os fiéis à meta da plena unidade!
Palavras de Bento XVI ao começar a oração do Ângelus
CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 29 de junho de 2011 (ZENIT.org) – No final da santa missa da solenidade dos santos apóstolos Pedro e Paulo, concelebrada na Basílica Vaticana com os 43 arcebispos metropolitanos que receberam o pálio, na qual participou uma delegação do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla, o Papa apareceu na janela do seu escritório no Palácio Apostólico vaticano e dirigiu a oração do Ângelus com os fiéis e peregrinos reunidos na praça de São Pedro. Oferecemos a seguir uma tradução nossa das palavras do Papa hoje.
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Queridos irmãos e irmãs:
Celebramos com alegria a solenidade litúrgica dos Santos Pedro e Paulo, uma festa que acompanha a história bimilenária do Povo cristão. Eles são chamados colunas da Igreja nascente. Testemunhas ilustres da fé, dilataram o Reino de Deus com os seus vários dons, e seguindo o exemplo do divino mestre, selaram com sangue a sua pregação evangélica. Seu martírio é sinal de unidade da Igreja, como diz Santo Agostinho:.. "Um único dia é dedicado à celebração dos dois apóstolos. Mas também eles eram considerados uma só coisa. Ainda que martirizados em dias diferentes, eram uma só coisa. Pedro antecipou, Paulo seguiu”  (Sermão 295, 8: PL 38, 1352).
Do sacrifício de Pedro são um sinal eloquente a Basílica Vaticana e esta Praça, tão importantes para o cristianismo. Também do martírio de Paulo ficam marcas significativas em nossa cidade, especialmente na Basílica dedicada a ele na Via Ostiense. Roma tem escrito na sua história os sinais da vida e da morte gloriosa do humilde pescador da Galiléia e do Apóstolo dos Gentios, que justamente elegeu como protetores. Fazendo menção ao seu luminoso testemunho lembramos o início da Igreja que em Roma crê, ora e anuncia a Cristo Redentor. Mas os santos Pedro e Paulo brilham não somente no céu de Roma, mas no coração de todos os crentes que, iluminados pelo seu ensinamento e seu exemplo, em todo o mundo caminham pelo caminho da fé, da esperança e da caridade.
Neste caminho de salvação, a comunidade cristã, sustentada pela presença do Espírito do Deus vivo, sente-se animada a continuar forte e serena no caminho da fidelidade a Cristo e à proclamação do seu Evangelho aos homens de todos os tempos. Neste fecundo itinerário espiritual e missionário encontra-se também a entrega do pálio aos arcebispos metropolitanos, que realizei nesta manhã na Basília. Um rito sempre eloquente, que destaca a íntima comunhão dos pastores com o sucessor de Pedro e o profundo vínculo que nos liga à tradição apostólica. É um tesouro duplo de santidade, no qual se fundem a unidade e a catolicidade da Igreja: um tesouro valioso que deve ser redescoberto e vivido com renovado entusiasmo e compromisso inabalável.
Queridos peregrinos, vindos de todas as partes do mundo! Neste dia de festa, oramos com as expressões da Liturgia oriental: “Louvados sejam Pedro e Paulo, estas duas grandes luminárias da Igreja; eles brilham no céu da fé”. Neste clima, desejo dirigir um pensamento especial à Delegação do Patriarcado de Constantinopla que, como a cada ano, veio participar nas nossas tradicionais celebrações. A Virgem Santa conduza todos os crentes em Cristo à meta da plena unidade!
Mais tarde, o papa dirigiu-se aos diversos grupos linguísticos. Aos peregrinos de língua portuguesa disse: "Uma saudação especial para os Arcebispos do Brasil e da Angola que acabaram de receber o pálio, e também para os familiares e amigos que os acompanham: À Virgem Maria confio vossas vidas, famílias e dioceses, para todos implorando o dom do amor e da unidade sobre a rocha de Pedro".
Reportagem com o seminarista Adriano... e boas pizzas.... 
Obrigado Adriano...




Dom Dom Alberto Forst 

comemora 60 anos de ordenação presbiteral

Nesta sexta-feira, 29 de junho – Dom Alberto Johannes Forst, bispo emérito de Dourados, está comemorando 60 anos de ordenação presbiteral.
Dom Alberto Först é da ordem dos Padres Carmelitas e nasceu no dia 26 de novembro de 1926 na província de Baviera, na Alemanha, onde mora há pouco mais de três anos. Foi ordenado sacerdote no dia 29 de junho de 1952. Em 1954, seus superiores o enviaram para o Brasil, à cidade de Paranavaí, onde atuou durante 31 anos nas funções de pároco e vigário geral.
Em fevereiro de 1984, aos 57 anos, chegou a Dourados, onde rapidamente foi nomeado vigário-geral da diocese. No dia 7 de setembro de 1988, foi sagrado bispo coadjutor, ao lado de dom Theodardo Leitz. Em 2001, aos 75 anos, nomeou como bispo diocesano dom Redovino Rizzardo, mas permaneceu como bispo emérito da diocese.
É com alegria e gratidão que a Fundação Terceiro Milênio e a Rádio Coração, reconhecem a importância desse homem de Deus pelo seu ministério a serviço da Igreja.

Parabéns!!!

Saiba mais sobre Dom Alberto
Dom Frei Alberto Fõrst é da Ordem dos Padres Carmelitas. Nasceu no dia 26 de novembro de 1926 no lugarejo Gunzendorf na Arquidiocese de Bamberg no norte da Baviera - Alemanha. Seus pais são Martin e Katharina Forst. O pai era sitiante e açougueiro. Ainda menino, Frei Alberto entrou no Seminário dos Carmelitas em Bamberg. Quase no fim da guerra de 1939-1945 foi ainda chamado às armas, e ficou até 1945 como prisioneiro de guerra, na França. Voltando para casa terminou seus estudos secundários e entrou em 1947 no noviciado dos Carmelitas em Straubing-Alemanha. Após o noviciado cursou filosofia e teologia na Universidade de Bamberg.
Foi na Catedral de Bamberg que Frei Alberto recebeu no dia 29 de junho de 1952 a ordenação sacerdotal das mãos de Dom José Otto Kolb. Já, anos depois, em 1954, seus superiores o mandaram para o Brasil. Em Paranavaí, no norte do Paraná, Frei Alberto trabalhou durante 31 anos. A paróquia de São Sebastião abrangia, nos primeiros anos, todo o território da atual diocese de mesmo nome. Durante a maior parte da permanência em Paranavaí, Frei Alberto exerceu a função de Pároco da Paróquia São Sebastião. Em 1970 o Bispo, Dom Benjamin de Souza o nomeou seu Vigário Geral, cargo que ocupou até a sua transferência para Dourados. Na Diocese de Paranavaí Frei Alberto implantou vários movimentos com T.L.C., Cursilho e M.F.C.
Como marca visível do seu serviço na diocese de Paranavaí deixou lá as construções da imponente Catedral e do Centro Diocesano de Pastoral. Na sua Ordem, Frei Alberto ocupou com um intervalo, por 12 anos, o cargo de Superior-Provincial. Finalmente em fevereiro de 1985 veio a Dourados, porque Padres Carmelitas tinham assumido um ano antes a Paróquia Bom Jesus. Graças à sua riquíssima experiência no trabalho pastoral e à sua extraordinária capacidade e habilidade administrativa, chamou a atenção de Dom Teodardo. Assim, tornou-se a "mão direita" do Bispo. Em 1986 Dom Teodardo o nomeou seu Vigário Geral. Dia 6 de julho de 1998, foi nomeado bispo coadjutor da Diocese de Dourados. Bispo titular de 1992 até dezembro 2001.
Hoje, como bispo emérito (que tem todos os méritos), continua prestando relevantes serviços à Diocese tanto na Pastoral quando nas Obras que Fundou como: CEIA, Casa da Esperança, Reforma da Casa do Clero - antiga Chácara do Bispo, etc.

Vocação ao Sacerdocio de Bento XVI





DESCOBERTAS SOBRE O MANTO DA VIRGEM DE GUADALUPE
“Imperatriz da América”
                    
  1. Estudos oftalmológicos realizados nos olhos da imagem de Maria detectaram que, ao aproximar luz, a retina se contrai e ao afastá-la, ela se dilata, exatamente como ocorre em um olho vivo.
  2. A temperatura da fibra de maguey, com a qual está confeccionada o ponche que usou Juan Diego, mantém uma temperatura constante de 36.6 graus, a mesma de um corpo humano vivo.
  3. Um dos médicos que analisou o ponche colocou seu estetoscópio embaixo do cinto que Maria possui e escutou batidas, que em ritmos, se repetem a 115 pulsações por minuto, igual a um bebê no ventre  materno.
  4. Não se descobriu nenhum vestígio de pintura no tecido. Na realidade, a uma distância de 10 centímetros da imagem, só se vê o tecido de maguey crú: as cores desaparecem. Estudos científicos não conseguem descobrir a origem da coloração que forma a imagem, nem a forma que a mesma foi pintada. Não se detectou vestígios de pinceladas nem outra técnica de pintura conhecida. Os cientistas da NASA confirmaram que o material que dá origem às cores não pertence a nenhum dos elementos conhecidos na terra.
  5. Foi passado um raio lazer no sentido lateral sobre o tecido e descobriu-se que a coloração da mesma não está nem na frente e nem no verso, e sim, que as cores flutuam a uma distância de três décimos de milímetro sobre o tecido, sem tocá-lo. As cores flutuam sobre a superfície do ponche. Não é surpreendente?
6. A fibra de maguey que constitui o tecido da imagem, não dura mais que 20 ou 30 anos. Há vários séculos se pintou uma réplica da  imagem em um tecido de fibra de maguey idêntica, e a mesma se desintegrou depois de varias décadas,  enquanto que, há quase 500 anos do milagre, a imagem de Maria continua tão firme como no primeiro dia. A ciência não consegue explicar porque a tela não se desintegrou.
7. No ano de 1791, derrubou-se, acidentalmente, ácido muriático no lado superior direito do tecido. Num intervalo de 30 dias, sem tratamento algum, o tecido afetado se reconstituiu milagrosamente.
8. As estrelas visíveis no Manto de Maria refletem a exata configuração e a posição em que se apresentava o céu do México, no dia em que aconteceu o milagre.
Do lado direito, do manto da Virgem, encontram-se “comprimidas” as constelações do sul:
4 estrelas que formam parte da constelação de Ofiuco (Ophiucus).
Abaixo, se observa Libra e à direita, a que parece uma ponta de flecha, corresponde ao início de Escorpião (Scorpius).
No meio, se assinalam duas: a constelação de Lobo (Lupus) e no extremo, a de Hidra (Hydra).
Abaixo se vê a Cruz do Sul (Crux). Sem dúvida alguma, à esquerda, aparece o quadrado ligeiramente inclinado da constelação de Centauro (Centaurus). 
Do lado esquerdo do manto da Virgem, veem-se as constelações do norte:
No ombro, um fragmento das estrelas da constelação de Boyero (Bootes); abaixo, e à esquerda, a constelação Osa Mayor (Ursa Maior). Em volta e à direita, Berenice (Coma Berenices); abaixo, Lebreles (Canes Venatici), e à esquerda, Thuban, que é a estrela mais brilhante da constelação de Dragón (Draco).
Abaixo das duas estrelas, (que todavía formam parte da Ursa Maior), percebe-se outro par de estrelas da constelação de Cochero (Auriga) e à oeste, abaixo, 3 estrelas de Touro (Taurus).
Desta maneira, ficam identificadas, na sua totalidade e no seu lugar, um pouco comprimidas, as 46 estrelas mais brilhantes que rodeiam o horizonte do Vale do México.
 
9. No início do século XX, um homem escondeu uma bomba de alto poder entre um arranjo floral e o colocou aos pés do manto. A explosão destruiu tudo ao redor, menos o manto, que permaneceu intacto.
10. A ciência descobriu que os olhos de Maria possuem os três efeitos de refração da imagem de um olho humano.
11. Nos olhos de Maria (de apenas 7 e 8 mm) se descobriram minúsculas imagens humanas, que nenhum artista poderia pintar. São duas cenas e elas se repetem em ambos os olhos. A imagem do bispo Zumárraga nos olhos de Maria foi aumentada com tecnologia digital, revelando que nos seus olhos está retratada a imagem do índio Juan Diego abrindo seu ponche frente ao bispo. Sabem qual o tamanho desta imagem? Uma quarta parte de um milésimo de milímetro.
            
1.”Guadalupe” significa no idioma indígena: “amassa a cabeça da serpente”. É o que está em Genesis 3,15: …“Ela (a mulher) te esmagará a cabeça (da serpente)…” é Maria, Vencedora do Mal.
2. A imagem é uma pintura tal qual detalha Apocalipse 12: “Apareceu no céu um grande sinal: uma Mulher vestida com o sol, tendo a lua sob os seus pés…”.
Nunca se esqueça das palavras que Ela disse ao índio Juan Diego:
Hijito mío, el mas pequeño:
no te aflijas por nada
¿Acaso no estás en mi regazo?
¿Acaso no estoy yo aquí, que soy tu madre?
Nossa Senhora de Guardalupe rogai por nós.

Entre tantos dominadores, Deus é o único Senhor
Durante a Audiência Geral, Bento XVI centra-se na alegria de São Paulo antes do martírio iminente

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 27 de junho de 2012 (ZENIT.org) - Continuando a sua catequese sobre a oração em São Paulo, durante a Audiência Geral desta manhã, o Papa Bento XVI centrou-se na Epístola aos Filipenses, que destaca o sentido de gratidão a Deus do Apóstolo, também na iminência do martírio (Cf. Fil. 2,27).
Na prisão em Roma, Paulo "expressa a alegria de ser discípulo de Cristo, de poder ir ao seu encontro, até o ponto de ver a morte não como perda, mas como lucro”. De onde podemos tirar a nossa alegria, também numa situação tão trágica?
O segredo de Paulo é aquele de ter "os mesmos sentimentos de Cristo Jesus" (Fil 2,5), ou seja, a humildade, a generosidade, o amor, a obediência a Deus, o dom de si mesmo. É o seguimento total ao Filho de Deus, Caminho, Verdade e Vida.
A música mencionada na Carta aos Filipenses, conhecida pela tradição como carmen Christo (canto por Cristo), "resume todo o percurso divino humano do Filho de Deus e abrange toda a história humana”, explicou o Papa: “do ser na condição de Deus, à encarnação, à morte na cruz e à exaltação na glória do Pai está também implícito o comportamento de Adão, do homem inicial”.
Jesus, Deus feito homem, não vive a sua natureza divina "para triunfar ou para impor a sua supremacia, não o considera como uma posse, um privilégio, um tesouro que deve ser aproveitado". Ao mesmo tempo que assume a “forma de escravo” ("morphe doulos" no original grego da Epístola Paulina), ou seja assemelhou-se aos homens na pobreza, no sofrimento e na morte. Tudo por obediência ao Pai, “até a morte, e uma morte de cruz”, diz São Paulo.
A Cruz ajuda a derrubar o pecado original de Adão, "criado à imagem e semelhança de Deus, pretendeu ser como Deus com as próprias forças, colocar-se no lugar de Deus, e assim perdeu a dignidade original que lhe tinha sido dada”. Jesus fez justamente o contrário: encontra-se na “condição de Deus” mas se abaixa à condição humana “para redimir Adão que está em nós e restaurar a dignidade que o homem havia perdido."
Ao contrário, a lógica humana, também depois do sacrifício redentor de Cristo, "busca muitas vezes a realização de si mesma no poder, no domínio, nos meios poderosos” e o homem insiste “em querer construir com as próprias forças a torre de Babel para conseguir por si mesmo a altura de Deus, para ser como Deus”.
A Encarnação e a Cruz, no entanto, mostram "que a plena realização está em conformar a própria vontade humana naquela do Pai, no esvaziar-se do próprio egoísmo, para preencher-se do amor, da caridade de Deus e assim se tornar realmente capaz de amar os outros”.
Não é "permanecendo fechado em si mesmo" que o homem se realiza. Adão não errou tanto no imitar a Deus, mas na ideia de Deus que “não quer somente grandeza” mas é principalmente “amor que se doa já na Trindade e depois na criação”.
 A ascensão a Deus acontece portanto “na descida do humilde serviço”, essência de Deus que, em Jesus, se inclina para lavar os pés dos discípulos, exortando-os a fazer o mesmo entre eles (cf. Jo 13,12-14 ).
O hino da Carta aos Filipenses, oferece duas direções importantes para a nossa oração: em primeiro lugar que Deus é "o único Senhor” da nossa vida, em meio a tantos “dominadores” que a querem conduzir e dirigir”, o único tesouro pelo qual “vale a pena gastar a própria existência”.
A segunda indicação é dada pela prostração da genuflexão, também física, que deve ser realizada “não por hábito e rapidamente, mas com profunda consciência”, tratando-se de um modo no qual “confessamos a nossa fé nele”, disse o Papa.
No final da catequese, o Santo Padre voltou ao dilema inicial, dando-lhe uma explicação adequada: São Paulo se alegra diante do risco iminente do martírio, porque “nunca tirou o seu olhar de Cristo até o ponto de transformar-se conforme na morte, “na esperança de alcançar a ressurreição dos mortos”  (Fp 3.11).

O homem se realiza plenamente quando faz a vontade de Deus, afirma Bento XVI

VATICANO, 27 Jun. 12 (ACI/EWTN Noticias) .- Na manhã deste 27 de junho durante a habitual Audiência Geral das quartas-feiras na Praça de São Pedro, o Papa Bento XVI lamentou que algumas vezes o homem acredite ter o poder de Deus, mas recordou que a sua plena realização está em fazer a vontade do Pai servindo com caridade a outros.

O Santo Padre sublinhou que freqüentemente a lógica humana "A lógica humana, em vez, busca muitas vezes a autorrealização no poder, no domínio, nos meios potentes. O homem continua querendo construir com as próprias forças a torre de Babel para chegar à mesma altura de Deus, para ser como Deus. A Encarnação e a Cruz nos recordam que a plena realização está no conformar a própria vontade humana àquela do Pai, no esvaziar-se do próprio egoísmo para encher-se do amor e da caridade de Deus e, assim, tornar-se realmente capaz de amar os outros".

"Adão queria imitar a Deus, isto em si não é ruim, mas errou na ideia de Deus. Deus não é alguém que só quer grandeza. Deus é amor que se doa já na Trindade e depois na criação. E imitar a Deus quer dizer sair de si mesmo e doar-se no amor", adicionou.

Neste sentido, explicou que na oração, na relação com Deus, devemos abrir "a mente, o coração e a vontade à ação do Espírito Santo, para entrar nesta mesma dinâmica de vida".

"Nossa oração é feita, como vimos na quarta-feira passada, de silêncio e palavra, de canto e de gestos que envolvem a pessoa inteira: da boca à mente, do coração ao corpo inteiro. É uma característica que encontramos na oração hebraica, especialmente nos Salmos", disse o Santo Padre ao referir-se a "um dos cantos ou hinos mais antigos da tradição cristã, que São Paulo nos apresenta como aquele que é, de certo modo, o seu testamento espiritual: A Carta aos Filipenses".

Bento XVI recordou que São Paulo escreve esta carta enquanto está no cárcere condenado à morte, e "expressa sua alegria de ser discípulo de Cristo, de poder ir ao Seu encontro, até o ponto de ver a morte não como uma perda, mas como ganho".

São Paulo, através de sua carta convida à alegria, "uma característica fundamental –recordou-, de nosso ser cristãos e de nossa orar".

"São Paulo escreve: "alegrai-vos sempre no Senhor. Repito: alegrai-vos (Fl 4,4).
Mas como é possível se alegrar diante de uma condenação à morte então iminente? De onde, ou melhor, de quem São Paulo atrai a serenidade, a força e a coragem para ir ao encontro do martírio e do derramamento de sangue?", questionou o Papa.

"Encontramos a resposta no centro da Carta aos Filipenses, naquilo que a tradição cristã denomina "carmen Christo", o canto para Cristo, ou mais comumente chamado "hino cristológico"; um canto no qual toda a atenção está centrada sobre os "sentimentos" de Cristo Jesus".

Bento XVI disse que "estes sentimentos são apresentados nos versículos sucessivos: o amor, a generosidade, a humildade, a obediência a Deus, o dom de si. Trata-se não só e não simplesmente de seguir o exemplo de Jesus, como uma coisa moral, mas de envolver toda a existência no seu modo de pensar e agir".

Neste contexto, o Papa recordou aos fiéis que a oração " deve conduzir a um conhecimento e a uma união no amor sempre mais profundo com o Senhor, para poder pensar, agir e amar como Ele, Nele e por Ele".

"Exercer isso, aprender os sentimentos de Jesus, é o caminho da vida cristã", sublinhou.

Além disso, Bento XVI indicou que este canto condensa "todo o itinerário divino e humano do Filho de Deus e engloba toda a história humana: do ser na condição de Deus, à encarnação, à morte de cruz e à exaltação na glória do Pai está implícito também no comportamento de Adão, do homem no início.".

"Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, não vive o seu "ser como Deus" para triunfar ou para impor sua supremacia, não o considera um poder, um privilégio ou um tesouro invejável".
O homem se realiza plenamente quando faz a vontade de Deus, afirma Bento XVI
"Na verdade, "despiu-se", esvaziou-se de si assumindo, como diz o texto grego, a "morphe doulos", a "forma de escravo", a realidade humana marcada pelo sofrimento, pela pobreza, pela morte, assimilou-se plenamente aos homens, exceto no pecado, agindo assim como verdadeiro servo a serviço dos outros".

"Neste sentido, Eusébio de Cesaréia, no século IV, afirma: "Ele tomou sobre si as fadigas daqueles que sofrem. Fez suas as nossas doenças humanas. Sofreu e passou por tribulações por nossa causa: isso em conformidade com seu grande amor pela humanidade".

"São Paulo -continua o Papa- segue traçando o quadro "histórico" no qual se realizou esta inclinação de Jesus: "humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente até a morte (Fl 2,8). O Filho de Deus se tornou verdadeiro homem e cumpriu um caminho na completa obediência e fidelidade à vontade do Pai até o sacrifício supremo da própria vida. Ainda mais, o Apóstolo especifica "até a morte, e uma morte de cruz"".

"Sobre a Cruz, Jesus Cristo chegou ao máximo grau da humilhação, porque a crucificação era a pena reservada aos escravos e não às pessoas livres", recordou.

"Na Cruz de Cristo, o homem é redimido e a experiência de Adão é remediada: Adão, criado a imagem e semelhança de Deus, afirma ser como Deus com suas próprias forças, coloca-se no lugar de Deus e assim perde sua dignidade original que lhe foi dada".

"Jesus, em vez, estava "na condição de Deus", mas inclinou-se, colocou-se na condição humana, na total fidelidade ao Pai, para redimir o Adão que está em nós e devolver ao homem a dignidade que havia perdido.", afirmou.

Deste modo, o Santo Padre reiterou seu chamado a imitar Jesus, que voltou "a dar à natureza humana através de sua humanidade e obediência, o que se perdeu pela desobediência de Adão".

"Como São Francisco diante do crucifixo, digamos também nós: Grande e magnífico Deus, iluminai o meu espírito e dissipai as trevas de minha alma; dai-me uma fé íntegra, uma esperança firme e uma caridade perfeita, para poder agir sempre segundo os vossos ensinamentos e de acordo com a vossa santíssima vontade. Amém!", concluiu.

Movimento Brasil sem Aborto convoca para a 5ª Marcha Nacional da Cidadania pela Vida

BRASILIA, 25 Jun. 12 (ACI) .- O Movimento Brasil Sem Aborto conclama a população a unir-se à quinta edição da Marcha Nacional da Cidadania pela Vida pedindo pela defesa da vida humana no Brasil desde sua concepção. De maneira especial a marcha pedirá pela aprovação do estatuto do nascituro, um projeto de lei que tramita em Brasilia e visa defender a vida no ventre materno contra o aborto.

Segundo informa o Movimento Brasil Sem Aborto, é preciso intensificar os esforços pela aprovação do mencionado estatuto, que tramita em Brasilia como PL 478/2007, pois que tem por objetivo defender os direitos da criança por nascer à semelhança do estatuto da criança e do adolescente e o estatuto do idoso.

"Precisamos nos mobilizar exigindo dos representantes do povo que aprovem esta Lei tão importante para garantir os direitos do bebê em gestação, desde o primeiro instante de vida, ou seja, desde a concepção".

A Marcha terá lugar na Esplanada dos Ministérios em Brasilia amanhã, 26 de junho, com concentração a partir das 15h30.

Mais informações: http://www.brasilsemaborto.com.br/?action=noticia&idn_noticia=202&cache=0.5128683651980912

Peregrino do Amor - Homenagem ao Papa João Paulo II




"Como profeta que termina
Antigo Testamento e começa o novo"

Angelus do Papa na Solenidade do Nascimento de São João Batista
CIDADE DO VATICANO, domingo, 24 de junho de 2012 (ZENIT.org) - Publicamos a seguir as palavras pronunciadas durante a oração do Ângelus, pelo Papa Bento XVI aos fiéis e peregrinos reunidos na praça de São Pedro.
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Queridos irmãos e irmãs!
Hoje, 24 de junho, celebramos a Solenidade do Nascimento de São João Batista. Com exceção da Virgem Maria, o Batista é o único santo que a liturgia celebra o nascimento, e fá-lo porque está intimamente ligado ao mistério da Encarnação do Filho de Deus. Desde o ventre materno, de fato, João é precursor de Jesus: a sua concepção milagrosa é anunciada a Maria pelo Anjo como sinal de que "nada é impossível para Deus" (Lc 1,37), seis meses antes do grande milagre que nos dá a salvação, a união de Deus com o homem por obra do Espírito Santo. Os quatro Evangelhos dão muita importância à figura de João o Batista, como profeta que conclui o Antigo Testamento e inaugura o Novo, indicando em Jesus de Nazaré o Messias, o Consagrado do Senhor. De fato, o mesmo Jesus falará de João neste termos: "Este é aquele de quem está escrito: Eis que envio o meu mensageiro diante de ti, / na sua frente ele vai preparar o caminho. Em verdade eu vos digo que, entre os nascidos de mulher, não há ninguém maior que João o Batista; mas o menor no reino dos céus é maior do que ele" (Mt 11,10-11).
O pai de João, Zacarias – marido de Isabel, parente de Maria –, era sacerdote do culto do Antigo Testamento. Ele não acreditou rapidamente no anúncio de uma paternidade já inesperada, e por isso ficou mudo até o dia da circuncisão da criança, que ele e a esposa deram o nome indicado por Deus, ou seja João, que significa "O Senhor agracia" . Animado pelo Espírito Santo, Zacarias falou assim da missão do filho: "E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo / porque irá diante do Senhor para preparar-lhe o caminho, / para dar ao seu povo o conhecimento da salvação / no perdão dos seus pecados" (Lc 1,76-77). Tudo isso aconteceu trinta anos depois, quando João começou a batizar no rio Jordão, chamando o povo para se preparar, com aquele gesto de penitência, para a iminente vinda do Messias, que Deus tinha revelado durante a sua estada no deserto da Judéia. Por isso ele foi chamado "Batista", ou seja, "Batizador" (cf. Mt 3, 1-6). Quando um dia, de Nazaré, o próprio Jesus veio para ser batizado, João recusou-se a princípio, mas depois consentiu, e viu o Espírito Santo repousar sobre Jesus e ouviu a voz do Pai Celestial que o proclamava seu Filho (cf. Mt 3, 13-17 ). Mas a missão do Batista ainda naõ estava completa: pouco tempo depois, lhe foi pedido preceder a Jesus também na morte violenta: João foi decapitado na prisão do rei Herodes, e assim deu testemunho em plenitude do Cordeiro de Deus, que antes do que qualquer outro tinha reconhecido e indicado publicamente.
Queridos amigos, a Virgem Maria ajudou a idosa parente Isabel a levar adiante a gravidez de João. Que ela ajude a todos a seguirem Jesus, o Cristo, o Filho de Deus, que o Batista anunciou com grande humildade e ardor profético.


[Depois do Angelus]

Queridos irmãos e irmãs,
Hoje na Itália é a Jornada pela caridade do Papa. Agredeço todas as comunidades paroquiais, as famílias e os fiéis em particular pelo seu apoio constante e generoso, que beneficia muitos irmãos em dificuldade. A este propósito, lembro que depois de amanhã, se Deus quiser, farei uma breve visita nas áreas atingidas pelo recente terremoto no norte da Itália. Gostaria que fosse sinal da solidariedade de toda a Igreja, e por isso convido todos vocês a me acompanharem na oração.


A CONFISSÃO
 o melhor modo de encontrar-se com Deus 

... não perca tempo...




Cruz JMJ em Amambaí
2012




Leia e Reflita.


Vejamos o diz Nossa Senhora de Fátima a nós Mulheres de Deus:
Jacinta, uma das videntes de Nossa Senhora em Fátima, em suas últimas palavras, comunicadas à sua madrinha, madre Maria da Purificação Godinho, disse:
 “Os pecados que levam mais almas para o inferno são os da carne. Hão de vir umas modas que ofenderão muito a Nosso Senhor. As pessoas que servem a Deus não devem andar com a moda. A Igreja não tem modas. Nosso Senhor é sempre o mesmo.
E Pio XII:
Amoda não deve nunca fornecer uma ocasião próxima de pecado” (Pio XII, Alocução “Di gran cuore”, nº 30).
Maria é nossa Mãe, e ela sabe   o que melhor para um Filho.
Amém!
50 milhões de bíblias para crianças

 Conquista é do Apostolado Familiar da Ajuda à Igreja que Sofre

ROMA, quarta-feira, 20 de junho de 2012 (ZENIT.org) - "Sempre considerei um privilégio abrir o caminho da fé para os outros", afirma Maria Zurowsky, chefe do departamento internacional para o Apostolado Familiar da Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), comemorando a publicação da cópia número 50 milhões do livro "Deus fala aos seus filhos".

Em apenas trinta anos, a pequena bíblia ilustrada se tornou um dos mais importantes projetos da fundação pontifícia, que atinge milhões de crianças em mais de 140 países. "Recebemos muitos testemunhos encorajadores e tocantes do mundo todo: da República Democrática do Congo, da Ucrânia, do Peru, do Brasil". E em lugares onde os cristãos foram ou são perseguidos, como o Paquistão, o Iraque e a China, o livro é um sinal de esperança para muitos missionários e fornece suporte fundamental para a catequese das crianças.

O fundador da AIS, padre Werenfried van Straaten, queria "levar a Palavra de Deus para todas as crianças do mundo, inclusive para aquelas que, de tão pobres, não pudessem sequer se permitir um livro". O volume tem feito mais: oferece às crianças, e às vezes até aos seus pais, a oportunidade de aprender a ler.

A Bíblia da Criança, não raras vezes, é o único livro existente em casa e o único texto disponível no idioma nativo de diversos grupos étnicos de todo o planeta.

Em 2012, o número de traduções chegou a 172, com o lançamento de quatro novas edições: no idioma ch'ol, de uma pequena população indígena do estado de Chiapas, no México; em sesotho, uma das onze línguas oficiais da África do Sul e das duas do Lesoto; e em duas línguas do Quênia, o kikuyu e o pokot. Até o final do ano, é esperada a circulação de 500 mil novas cópias do livro.

Era 1979 quando a primeira Bíblia da Criança foi doada aos bispos da América Latina pelo padre Werenfried, durante a Terceira Assembleia Geral dos bispos em Puebla, no México.

"As crianças precisam desta bíblia para que a imagem de Jesus viva nos seus corações", afirmou então o monge premonstratense. O livro contém uma seleção de textos da escritura sagrada adaptados pela teóloga alemã Eleanor Beck, a fim de tornar a linguagem mais acessível. As leituras são acompanhadas por desenhos da religiosa espanhola Miren Sorne, que, nos seus muitos anos de trabalho no Peru, descobriu o quanto as figuras facilitam a compreensão do texto bíblico.

O sucesso das ilustrações levou a AIS a imprimi-las também como pôsteres. "É uma bíblia especial para a catequese dos pequeninos", diz Maria Zurowsky.

Duas novidades ainda são esperadas para este ano: um livro com páginas e imagens maiores, para as crianças com dificuldades de leitura, e um quebra-cabeça que representará o Sermão da Montanha.




CESSE IMEDIATAMENTE O DERRAMAMENTO DE SANGUE

Apelo do Papa Bento XVI na Audiência desta quarta-feira

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 20 de junho de 2012(ZENIT.org) – Durante a Audiência Geral desta manhã, na Sala Paulo VI, o Papa Bento XVI demonstrou preocupação pela situação na Nigéria e fez um apelo pelo fim do derramamento de sangue no país mais populoso da África.
Após a catequese sobre a oração, citando a primeira Carta de São Paulo aos Efésios, como exemplo de oração cristã, Bento XVI dirigiu o seguinte apelo:
“Enquanto rezo pelas vítimas e por aqueles que sofrem, faço apelo aos responsáveis pelas violências, para que cesse imediatamente o derramamento de sangue de tantos inocentes. Faço votos também de uma plena colaboração de todos os componentes da sociedade da Nigéria, e que não se percorra o caminho da vingança, mas todos os cidadãos cooperem para a construção de uma sociedade pacífica e reconciliada, na qual seja plenamente tutelado o direito de professar livremente a própria fé”.
Ao final o Papa fez um resumo da sua catequese, em diversas línguas, dentre as quais o português:
Queridos irmãos e irmãs,
Muitas vezes, quando nos dirigimos a Deus é para pedir ajuda numa necessidade. Contudo, a nossa oração deve ser caracterizada não tanto pela petição, como sobretudo pelo louvor, agradecimento, à glorificação a Deus, que é nosso Pai e nos demonstra diariamente o seu Amor. No primeiro capítulo da Carta de São Paulo aos Efésios, temos um significativo exemplo de oração cristã. Aqui, o Apóstolo das gentes bendiz a Santíssima Trindade pela sua ação na história: o Pai, que nos escolheu e nos chamou à santidade antes da criação do mundo, o Filho, que nos remiu pelo seu sangue, e o Espírito Santo, que nos foi dado como penhor da nossa redenção definitiva e da glória futura. Tal é o desígnio amoroso de Deus na história da humanidade e na nossa história pessoal. Na oração nós nos abrimos à contemplação deste grande mistério, e aprendemos a ver os sinais deste desígnio misericordioso no caminho da Igreja, que, com a Palavra e os Sacramentos, nos insere como membros vivos do Corpo de Cristo.
A minha saudação a todos os peregrinos de língua portuguesa, nomeadamente para os fiéis brasileiros da Arquidiocese de Campinas, a quem encorajo a intensificar a vida de oração para vos tornardes homens e mulheres movidos pelo desejo de amar, fazendo brilhar a luz de Deus na escuridão do mundo. E que Ele vos abençoe!
Corpus Christi 2012




Bento XVI fala aos casais de namorados.

“O verdadeiro amor promete o infinito!”, disse Bento XVI em uma mensagem dirigida àqueles, junto com outra pessoa, buscam colocar as bases para viver um amor definitivo

Queridos namorados!

Sinto-me feliz por concluir este dia intenso, ápice do Congresso Eucarístico Nacional, encontrando-me convosco, como que querendo confiar a herança deste acontecimento de graça às vossas jovens vidas. De resto, a Eucaristia, dom de Cristo para a salvação do mundo, indica e contém o horizonte mais verdadeiro da experiência que estais a viver: o amor de Cristo como plenitude do amor humano.
Agradeço a saudação cordial do Arcebispo de Ancona-Osimo, D. Edoardo Menichelli, e a todos vós por esta vivaz participação; obrigado também pelas perguntas que me fizestes e que acolho confiando na presença entre nós do Senhor Jesus: só Ele tem palavras de vida eterna para vós e para o vosso futuro!
Aquilo que pondes em questão, no atual contexto social, assume um peso maior. Gostaria de vos oferecer apenas algumas orientações para uma resposta. Em certos aspectos, o nosso é um tempo difícil, sobretudo para vós jovens.
A mesa está posta com tantas coisas apetecíveis, mas, como no episódio evangélico das bodas de Caná, parece que faltou o vinho da festa. Sobretudo a dificuldade de encontrar um trabalho estável é causa de incerteza sobre o futuro. Esta condição contribui para adiar a tomada de decisões definitivas, e incide de modo negativo sobre o crescimento da sociedade, que não consegue valorizar plenamente a riqueza de energias, de competências e de criatividade da vossa geração.
Falta o vinho da festa também a uma cultura que prescinde com frequência de critérios morais claros: na desorientação, cada qual é estimulado a mover-se de maneira individual e autônoma, muitas vezes unicamente só no perímetro do presente.
A fragmentação do tecido comunitário reflete-se num relativismo que afeta os valores essenciais; a consonância de sensações, de estados de ânimo e de emoções parece mais importante do que a partilha de um projeto de vida. Também as opções fundamentais se tornam assim frágeis, expostas a uma revogabilidade perene, que com frequência é considerada expressão de liberdade, mas ao contrário, indica a sua carência.

Faz parte de uma cultura privada do vinho da festa também a aparente exaltação do corpo, que na realidade banaliza a sexualidade e tende a fazê-la viver fora de um contexto de comunhão de vida e de amor.
Queridos jovens, não tenhais medo de enfrentar estes desafios! Nunca percais a esperança. Tende coragem, também nas dificuldades, permanecendo firmes na fé. Tende a certeza de que, em todas as circunstâncias, sois amados e protegidos pelo amor de Deus, que é a nossa força.
Deus é bom. Por isso é importante que o encontro com Ele, sobretudo na oração pessoal e comunitária, seja constante, fiel, precisamente como o caminho do vosso amor: amar a Deus e sentir que Ele me ama. Nada nos pode separar do amor de Deus!
Depois, tende a certeza de que também a Igreja está próxima de vós, vos ampara, não cessa de olhar para vós com grande confiança. Ela sabe que tendes sede de valores, dos verdadeiros, sobre os quais vale a pena construir a vossa casa! O valor da fé, da pessoa, da família, das relações humanas, da justiça. Não desanimeis face às carências que parecem afastar a alegria da mesa da vida.
Nas bodas de Caná, quando o vinho terminou, Maria convidou os servos a dirigirem-se a Jesus e deu-lhes uma indicação clara: «Fazei o que Ele vos disser» (Jo 2, 5). Valorizai estas palavras, as últimas de Maria descritas nos Evangelhos, quase um seu testamento espiritual, e tereis sempre a alegria da festa: Jesus é o vinho da festa!
Como namorados estais a viver uma fase única, que abre para a maravilha do encontro e faz descobrir a beleza de existir e de ser preciosos para alguém, de poder dizer um ao outro: tu és importante para mim. Vivei com intensidade, gradualidade e verdade este caminho. Não renuncieis a perseguir um ideal alto de amor, reflexo e testemunho do amor de Deus!

Mas como viver esta fase da vossa vida, como testemunhar o amor na comunidade? Gostaria de vos dizer antes de tudo que eviteis fechar-vos em relações intimistas, falsamente animadoras; fazei antes com que a vossa relação se torne fermento de uma presença ativa e responsável na comunidade.
Depois, não vos esqueçais de que para ser autêntico, também o amor exige um caminho de amadurecimento: a partir da atração inicial e do «sentir-se bem» com o outro, educai-vos a «amar» o outro, a «querer o bem» do outro. O amor vive de gratuidade, de sacrifício de si, de perdão e de respeito do outro.
Queridos amigos, cada amor humano é sinal do Amor eterno que nos criou, e cuja graça santifica a escolha de um homem e de uma mulher de se entregarem reciprocamente a vida no matrimônio.
Vivei este tempo do namoro na expectativa confiante desse dom, que deve ser aceite percorrendo um caminho de conhecimento, de respeito, de atenções que nunca deveis perder: só sob esta condição a linguagem do amor permanecerá significativa também com o passar dos anos.
Portanto, educai-vos desde já para a liberdade da fidelidade, que leva a proteger-se reciprocamente, até viver um para o outro. Preparai-vos para escolher com convicção o «para sempre» que conota o amor: a indissolubilidade, antes de ser uma condição, é um dom que deve ser desejado, pedido e vivido, para além de qualquer mutável situação humana.
E não penseis, segundo uma mentalidade difundida, que a convivência seja uma garantia para o futuro. Acelerar as etapas acaba por «comprometer» o amor, que ao contrário precisa de respeitar os tempos e a gradualidade nas expressões: tem necessidade de dar espaço a Cristo, que é capaz de tornar um amor humano fiel, feliz e indissolúvel.
A fidelidade e a continuidade do vosso gostar um do outro tornar-vos-ão capazes de estar também abertos à vida, de ser pais: a estabilidade da vossa união no Sacramento do Matrimônio permitirá que os filhos que Deus vos conceder cresçam confiantes na bondade da vida.
Fidelidade, indissolubilidade e transmissão da vida são os pilares de qualquer família, verdadeiro bem comum, patrimônio precioso para toda a sociedade. Desde já, fundai sobre eles o vosso caminho rumo ao matrimônio e testemunhai-o também aos vossos coetâneos: é um serviço precioso!
Sede gratos a quantos vos acompanham na formação com zelo, competência e disponibilidade: são sinal da atenção e da solicitude que a comunidade cristã vos dedica. Não estejais sós: sede os primeiros a procurar e a acolher a companhia da Igreja.
Gostaria de voltar mais uma vez a falar de um aspecto essencial: a experiência do amor tem no seu interior a propensão para Deus. O verdadeiro amor promete o infinito! Por conseguinte, fazei deste vosso tempo de preparação para o matrimônio um percurso de fé: redescobri para a vossa vida de casal a centralidade de Jesus Cristo e do caminhar na Igreja.
Maria ensina-nos que o bem de cada um depende do escutar com docilidade a palavra do Filho. Em quem confia n’Ele, a água da vida quotidiana transforma-se no vinho de um amor que torna a vida boa, bela e fecunda.
De fato, Caná é anúncio e antecipação do dom do vinho novo da Eucaristia, sacrifício e banquete no qual o Senhor nos alcança, nos renova e transforma. Não percais a importância vital deste encontro: a assembleia litúrgica dominical vos encontre sempre plenamente partícipes: da Eucaristia brota o sentido cristão da existência e um novo modo de viver (cf. Exort. ap. pós-sinodal Sacramentum caritatis, 72-73). Então, não tereis medo de assumir a importante responsabilidade da escolha conjugal; não receareis entrar neste «grande mistério», no qual duas pessoas se tornam uma só carne (cf. Ef 5, 31-32).



Caríssimos jovens, confio-vos à proteção de São José e de Maria Santíssima; seguindo o convite da Virgem Mãe — «Fazei o que Ele vos disser» — não vos faltará o gosto da verdadeira festa e sabereis levar o «vinho» melhor, aquele que Cristo dá à Igreja e ao mundo. Também eu gostaria de vos dizer que estou próximo de vós e de todos os que, como vós, vivem este maravilhoso caminho de amor. Abençoo-vos de coração!

Nós Somos Católicos Bem Vindo a sua Casa


PRECISA-SE DE SANTO



Falece Dom Luiz Gonzaga Bergonzini
Na madrugada de hoje, 13 de Junho

Fonte CNBB

BRASILIA, quarta-feira, 13 de junho de 2012 (ZENIT.org) - Faleceu na madrugada de hoje, 13 de junho, o bispo emérito de Guarulhos (SP), dom Luiz Gonzaga Bergonzini. Dom Bergonzini estava internado no hospital Stella Maris, em Guarulhos, desde o dia 21 de maio, onde apresentava um quadro de pneumonia, que evoluiu para embolia pulmonar.

Em seu blog, dom Bergonzini continuou escrevendo periodicamente, mesmo internado. Em um de seus posts ele disse: “Agradeço, do fundo de meu coração, a todos que estão em oração por mim. Ao Bispo de Guarulhos, dom Joaquim Justino Carreira, a todos os padres, seminaristas, religiosos e religiosas e leigos da diocese. Ao padre Paulo Ricardo, ao padre Mateus Maria , ao padre Marcelo Gabert Masi, e a todos que os acompanham e os seguem no twitter, faceboock. google+, agradeço as muitas orações. Agradeço aos Blogueiros e Internautas de Cristo, aos grupos de oração e a todos os que comentaram no blog ou enviaram emails diretamente para meu endereço eletrônico. Suas preces são imprescindíveis”.

As informações da diocese de Guarulhos sobre o funeral:

13.06 - às 19:30 h. - Missa de Corpo presente na Catedral Nossa Senhora Imaculada Conceição;
14.06 - às 10h. - Missa seguida do sepultamento na própria Catedral Nossa Senhora Imaculada Conceição;
Endereço: Praça Tereza Cristina. n. 01, Centro, Guarulhos.

A união com Deus não afasta do mundo
Catequese de Bento XVI na Audiência Geral de quarta- feira

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 13 de junho de 2012(ZENIT.org) – Apresentamos a seguir a catequese do Papa Bento XVI realizada durante a Audiência Geral desta manhã de quarta-feira, dirigida aos fiéis e peregrinos reunidos na Sala Paulo VI.

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A contemplação e a força da oração (2Cor 12, 1-10)

Queridos irmãos e irmãs,

O encontro cotidiano com o Senhor e a frequência aos Sacramentos permitem abrir nossa mente e o nosso coração para Sua presença, a Sua palavra, a Sua ação. A oração não é somente o respiro da alma, mas para usar uma imagem, é também o oásis de paz no qual podemos tirar a água que alimenta nossa vida espiritual e transforma a nossa existência.  E Deus nos atraia para si, nos faz subir o monte da santidade, porque estamos sempre mais próximos a Ele, oferecendo-nos, ao longo do caminho, luzes e consolações. Esta é a experiência pessoal a qual São Paulo faz referência no capítulo 12 da Segunda Carta aos Coríntios, sobre a qual desejo deter-me hoje. Diante de quem contesta a legitimidade do seu apostolado, ele não enumera as diversas comunidades que fundou, os quilômetros que percorreu; não se limita a recordar as dificuldades e as oposições que enfrentou para anunciar o Evangelho, mas indica seu relacionamento com o Senhor, um relacionamento tão intenso caracterizado também por momentos de êxtase e contemplação profunda (cfr 2 Cor 12,1); então ele não se vangloria daquilo que fez, da sua força, das suas atividades e sucessos, mas se vangloria das ações que Deus fez nele e por meio dele.
Com grande pudor, ele conta, de fato, o momento no qual viveu a experiência particular de ser raptado ao Céu de Deus. Ele recorda que quatorze anos antes do envio da Carta “foi arrebatado – assim diz – até o terceiro céu” (v. 2). Com linguagem e modos de quem conta aquilo que não se pode contar, São Paulo fala daquele fato até  em terceira pessoa; afirma que um homem foi raptado até o “jardim” de Deus, o paraíso.  A contemplação é tão profunda e intensa que o Apóstolo não recorda nem mesmo os conteúdos da revelação recebida, mas tem bem presente a data e as circunstâncias na qual o Senhor o agarrou totalmente, o atraiu para Si, como fez na estrada de Damasco no momento de sua conversão (cfr Fil 3,12).

São Paulo continua dizendo que exatamente para não subir a soberba pela grandeza das revelações recebidas, ele carrega consigo um “espinho”(2 Cor 12,7), um sofrimento, e suplica com força ao Ressuscitado para ser liberto do convite do maligno, deste espinho doloroso na carne. Por três vezes – relata – rezou insistentemente ao Senhor para afastar esta prova. E é nesta situação que, na contemplação profunda de Deus, durante a qual “ouviu palavras afáveis, que não é permitido a nenhum homem repetir” (v. 4), recebe a resposta a sua súplica. O Ressuscitado lhe dirige uma palavra clara e reconfortante: “Basta-te minha graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força” (v. 9).

O comentário de Paulo sobre estas palavras pode deixar-nos surpresos, mas revela como ele compreendeu o que significa ser verdadeiramente apóstolo do Evangelho. Exclama, de fato, assim: “Portanto, prefiro gloriar-me das minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo. Eis por que sinto alegria nas fraquezas, nas afrontas, nas necessidades, nas perseguições, no profundo desgosto sofrido por amor a Cristo. Porque quando me sinto fraco, então é que sou forte” (vv. 9b-10), isto é não se vangloria das suas ações, mas das atividades de Cristo que age exatamente em suas fraquezas.  Detemo-nos, agora, um momento sobre este fato acontecido durante os anosem que São Pauloviveu no silêncio e na contemplação, antes de começar a percorrer o Ocidente para anunciar Cristo; porque esta atitude de profunda humildade e confiança diante das manifestações de Deus é fundamental também para nossa oração e para nossa vida, para nossa relação com Deus e com as nossas fraquezas.

Antes de tudo, de quais fraquezas fala o Apóstolo? O que é este “espinho” na carne? Não sabemos e não nos diz, mas sua atitude faz compreender que cada dificuldade no seguimento de Cristo e no testemunho do Seu Evangelho pode ser superada abrindo-se com confiança às ações do Senhor.  São Paulo é bem consciente de ser um “servo inútil” (Lc 17,10) – não foi ele que me fez coisas grandes, foi o Senhor –, um “vaso de barro” (2 Cor 4,7), no qual Deus põe a riqueza e a potência de Sua Graça. Neste momento de intensa oração contemplativa, São Paulo compreende com clareza como enfrentar e viver cada evento, sobretudo o sofrimento, a dificuldade, a perseguição: no momento em que experimenta a própria fraqueza, se manifesta a potência de Deus, que não abandona, não deixa sozinho, mas torna-se sustento e força.  Claro, Paulo teria preferido ser liberto deste “espinho”, deste sofrimento; mas Deus diz: “Não, isto é necessário para ti. Terás graça suficiente para resistir e para fazer aquilo que deve ser feito. Isso vale também para nós. O Senhor não nos liberta dos males, mas nos ajuda a amadurecer nos sofrimentos, nas dificuldades, nas perseguições. A fé, então, nos diz que, se permanecemos em Deus “ainda que exteriormente se desconjunte nosso homem exterior, nosso interior renova-se dia após dia, juntamente nas provas” (cfr v. 16). O Apóstolo comunica aos cristãos de Coríntios e também a nós que “a nossa presente tribulação, momentânea e ligeira, nos proporciona um peso eterno de glória incomensurável” (v. 17). Na realidade, humanamente falando, não era pouco o peso das dificuldades, era gravíssimo, mas em contrapartida com o amor de Deus, com a grandeza de ser amado por Deus, parece leve, sabendo que a quantidade da glória será imensurável. Então, na medida em que cresce nossa união com o Senhor, e intensifica-se a nossa oração, também nós caminhamos para o essencial e compreendemos que não é a potência dos nossos meios, das nossas virtudes, das nossas capacidades que realiza o Reino de Deus, mas é Deus que opera maravilhas justamente através da nossa fraqueza, da nossa inadequação à atribuição.  Devemos, então, ter a humildade de não confiar simplesmente em nós mesmos, mas de trabalhar, com a ajuda do Senhor, na vinha do Senhor, confiando-nos a Ele como frágeis “vasos de barro”.

São Paulo faz referência a duas particulares revelações que mudaram radicalmente sua vida. A primeira – sabemos – é a pergunta feita sobre a estrada de Damasco: “Saulo, Saulo, porque me persegues? (At 9,4), pergunta que o levou a entender e encontrar Cristo vivo e presente, e a ouvir seu chamado a ser apóstolo do Evangelho. A segunda são palavras que o Senhor lhe dirigiu na experiência da oração contemplativa sobre a qual estamos refletindo “Basta-te minha graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força”. Somente a fé, a confiança nas ações de Deus, na bondade de Deus que não nos abandona, é que a garantia de não trabalhar em vão.  Assim, a Graça do Senhor foi a força que acompanhou São Paulo nos imensos esforços para difundir o Evangelho e o seu coração entrou no coração de Cristo, tornando capaz de conduzir os outros em direção Àquele que morreu e ressuscitou por nós.

Na oração, nós abrimos, então, a nossa alma ao Senhor a fim que Ele venha habitar em nossa fraqueza, transformando-a em força para o Evangelho. E é rico de significado também do verbo grego com o qual Paulo descreve esta moradia do Senhor em sua frágil humanidade; usa episkenoo, que podemos entender como “montar a própria tenda”. O Senhor continua a montar Sua tenda em nós, em meio a nós: é o Mistério da Encarnação. O mesmo Verbo divino, que veio habitar em nossa humanidade, quer habitar em nós, montarem nós Suatenda, para iluminar e transformar a nossa vida e o mundo.

A intensa contemplação de Deus experimentada por São Paulo faz referência àquela dos discípulos no Monte Tabor, quando vendo Jesus transfigurar-se e resplandecer de luz, Pedro lhe diz: “Mestre, é bom para nós estarmos aqui; faremos três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outras para Elias” (Mc 9,5). “Não sabia o que falava, porque estavam sobremaneira atemorizados”, acrescenta São Marcos (v. 6). Contemplar o Senhor é, ao mesmo tempo, fascinante e tremendo: fascinante porque Ele nos atrai para si e rouba nosso coração em direção ao alto, levando-o à sua altura onde experimentamos a paz, a beleza do Seu amor; tremendo porque expõe a nossa fragilidade humana, nossa inadequação, o esforço de vencer o Maligno que ameaça nossas vidas, aquele espinho ainda preso em nossa carne.  Na oração, na contemplação cotidiana do Senhor, nós recebemos a força do amor de Deus e sentimos que são verdadeiras as palavras de São Paulo aos cristãos de Roma, onde escreveu: “Pois estou persuadido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem as alturas, nem os abismos, nem outra qualquer criatura nos poderá apartar do amor que Deus nos testemunhaem Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 8,38-39).

Num mundo em que corremos o risco de confiar somente na eficiência e na potência dos meios humanos, neste mundo somos chamados a redescobrir e testemunhar a potência de Deus comunicada na oração, com a qual crescemos cada dia no conformar a nossa vida àquela de Cristo, o qual – como afirma – “foi crucificado por fraqueza, mas está vivi pelo poder de Deus.Também nós somos fracos nele, mas com ele vivemos, pelo poder de Deus para atuar entre nós” (2 Cor 13,4).

Queridos amigos, no século passado, Albert Schweitzer, teólogo protestante e prêmio Nobel da paz, afirmou que “Paulo é um místico e nada mais que um místico”, isto é um homem realmente apaixonado por Cristo e assim unido a Ele, para poder dizer: Cristo vive em mim. A mística de São Paulo não é fundamentada apenas nos eventos excepcionais por ele vividos, mas também no cotidiano e intenso relacionamento com o Senhor que sempre o sustentou com Sua Graça. A mística não o afastou da realidade, ao contrário, lhe deu força para viver cada dia por Cristo e para construir a Igreja até o fim do mundo daquele tempo. A união com Deus não afasta do mundo, mas nos dá a força para permanecer realmente no mundo, para fazer aquilo que deve ser feito no mundo.  Também em nossa vida de oração podemos, então, ter momentos de particular intensidade, talvez, no qual sentimos mais viva a presença do Senhor, mas é importante a constância, a fidelidade no relacionamento com Deus, sobretudo nas situações de aridez, de dificuldade, de sofrimento, de aparente ausência de Deus. Somente se somos apreendidos pelo amor de Cristo, seremos capazes de enfrentar qualquer adversidade, como Paulo, convencidos de que tudo podemos Naquele que nos fortalece (cfr Fil 4,13).  Então, quanto mais damos espaço à oração, mais veremos que a nossa vida se transformará e será animada pela força concreta do amor de Deus. Assim aconteceu, por exemplo, com a beata Madre Teresa de Calcutá, que na contemplação de Jesus e mesmo em tempo de longa aridez, encontrava a razão e a força inacreditável para reconhecê-Lo nos pobres e nos abandonados, apesar de sua frágil figura.
A contemplação de Cristo na nossa vida não nos aliena – como já disse – da realidade, mas nos torna ainda mais participantes das questões humanas, porque o Senhor, atraindo-nos para si na oração, nos permite fazer-nos presentes e próximos de cada irmão no seu amor. Obrigado.

O Santo Padre dirigiu a seguinte saudação em português:

Amados peregrinos de língua portuguesa, de coração vos saúdo a todos, em particular ao grupo jovem de voluntariado animado pelos Salesianos de Macau e aos grupos brasileiros de Foz do Iguaçu e de Florianópolis: abri os vossos corações ao Senhor e dedicai as vossas vidas ao reino de Deus, que cresce na terra com o vosso serviço a favor dos mais desfavorecidos. O Senhor vos confirme no bem, com a sua graça! Em penhor da mesma, desça sobre vós, vossas famílias e comunidades cristãs a minha Bênção.

Ao final Bento XVI fez o seguinte apelo:

Dirijo agora a minha afetuosa saudação e a minha bênção à Igreja na Irlanda, onde em Dublin, na presença do cardeal Marc Oullet, meu Legado, se realiza o 50 º Congresso Eucarístico Internacional sobre o tema "A Eucaristia: comunhão com Cristo e entre nós”. Muitos bispos, sacerdotes, pessoas consagradas e fiéis leigos provenientes de diferentes continentes estão participando deste importante evento eclesial.

É uma valiosa oportunidade para reafirmar a centralidade da Eucaristia na vida da Igreja. Jesus, realmente presente no Sacramento do Altar, com o supremo Sacrifício de amor da Cruz se doa a nós, se faz alimento para assemelhar-nos a Ele, para fazer-nos entrar em comunhão com Ele. “E através desta comunhão estamos unidos também entre nós, nos tornamos um só Nele, membros uns dos outros”

Gostaria de convidá-los a unirem-se espiritualmente aos cristãos da Irlanda e do mundo, rezando pelas atividades do Congresso, para que a Eucaristia seja sempre o coração que pulsa na vida de toda a Igreja.